20 jan Com a procura, haverá a oferta
Uma das razões enumeradas por Thiago Nattrodt Monteiro para a dificuldade em fiscalizar os vendedores de praias é que, frequentemente, os banhistas tendem a ficar contra os fiscais.
– Eles acham que estamos só prejudicando quem tenta trabalhar honestamente ou que queremos criar dificuldades por razões burocráticas. É importante educar o povo para eles saberem que nosso objetivo é proteger a saúde da população, que não estamos transformando ninguém em bandido, estamos agindo para a regulamentação e para que só sejam oferecidos produtos com qualidade garantida – diz.
A única maneira de eliminar da praia completamente o comércio de alimento em condições impróprias, explica, é a população parar de consumi-los. Enquanto houver procura, haverá oferta.
Márcia Soares Dutra, de Florianópolis, resolveu provar ontem pela primeira vez o queijo coalho. Diz que não costuma comer na praia. Achou gostoso, mas ficou com medo por não saber como é conservado.
– Tem que ter cuidado – reconhece.
Para o filho, Pedro, de 5 anos, decidiu comprar milho cozido, que considera mais confiável porque é preparado diante dela.
Para Alejandra Martinez Camila Lopez, de Córdoba, na Argentina, os quitutes fazem parte da diversão praiana. Churros, sucos, milho e o preferido da dupla, o queijo coalho. Na caixa térmica que carregam, costumam trazer bebidas. Até agora, afirmam, não tiveram nenhum problema de saúde.
Os turistas curitibanos Andreas Ventura e Camila Gulinelli também não trazem nada para a praia, mas é porque comem apenas em casa. Além da maior segurança e do cuidado, gostam de ter variedade de ingredientes à disposição para preparar a comida de acordo com sua preferência.
(DC, 20/01/2010)