13 nov Resistência à demolição
População impede Floram de derrubar cinco casas na Capital
A casa de Liziane Costa Fernandes, 25 anos, foi uma das primeiras a serem demolidas no Alto da Caieira, na Capital, ontem de manhã.
A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) só teve tempo de derrubar mais uma casa antes de ser surpreendida pelos moradores, que impediram a conclusão dos trabalhos no Maciço do Morro da Cruz. A intenção era demolir sete construções em áreas irregulares.
Liziane e a amiga, com quem dividiria a casa em breve, filmaram a destruição e tiraram dezenas de fotos. Elas dizem que vão encaminhar o material a um promotor de Justiça.
As demolições, de acordo com a Floram, foram feitas porque as residências começaram a ser erguidas em áreas de preservação permanente. Também cabe a equipes da fundação a retirada de habitações precárias, prestes a desabar ou em de áreas de risco.
– Em ações como esta, a gente só está impedindo que novas casas sejam construídas onde não deveria haver nenhuma, para que a natureza seja preservada – diz o superintendente da Floram, Gerson Basso.
A prefeitura confirmou ontem a contratação de uma empresa terceirizada para fazer as demolições. A ação é considerada administrativa, pois não precisa de uma ordem judicial para ser executada.
De acordo com Basso, os moradores já haviam sido avisados que ninguém mais poderia construir naquela área.
Quanto às moradias mais antigas, cada caso será analisado de modo individual. Como são residências estabelecidas, quem deve decidir sobre elas é a Justiça.
(DC, 13/11/2009)