Filas conhecidas; rotas, nem tanto

Filas conhecidas; rotas, nem tanto

Mudanças na Paulo Fontes não pioraram o trânsito, mas confundiram motoristas
O primeiro dia da segunda etapa de mudanças na Avenida Paulo Fontes, no Centro da Capital, não chegou a aumentar as filas, conhecidas dos motoristas nos horários de pico. O que aumentou foi a dificuldade para chegar ao destino. Os efeitos que a interdição da Avenida Paulo Fontes teria eram desconhecidos às 7h30min, quando os primeiros carros foram impedidos de passar.
Os adjetivos usados para decrever o trânsito no início da noite de ontem poderiam ser atribuídos a qualquer dia neste mesmo horário: estressante, lento, irritante. A impressão dos motoristas era de que o tráfego estava como sempre foi. Ruim.
Motoristas de ônibus e pedestres aprovaram as mudanças. A pé ou nos bancos dos coletivos, as pessoas concordavam que era mais fácil chegar ao Terminal de Integração do Centro (Ticen) da Capital.
O repositor Maycon Alves Brinhas, 19 anos, aprovou as mudanças, pois os pedestres não precisam mais disputar espaço com os carros para chegarem ao Ticen. Ele gosta da ideia de ter um calçadão. Além do benefício para a população, seria uma referência de Florianópolis:
– Em muitas cidades, o Centro é feio, decrépito e mal-cheiroso.
Os motoristas de ônibus também comemoraram as alterações. O fiscal Luiz Carlos Serafim controla a saída e chegada da frota da empresa Transol. Ele conta que, sem carros, é muito mais fácil chegar às plataformas de desembarque. A saída do Ticen em direção ao Continente também melhorou. Existe uma faixa exclusiva que leva direto à ponte.
Apesar do espaço que as mudanças ganharam na mídia nos últimos dias e da influência na rotina das pessoas, teve quem não percebeu.
Além de desconhecer as alterações, a estudante Luiza Noronha, 19 anos, não notou a ausência de carros na Paulo Fontes. Com alguns motoristas, a história se repetiu. Dorgival de Medeiros queria ir para Costeira do Pirajubaé, Sul da Ilha, mas se perdeu e dirigia pela Gustavo Richard, em direção ao Continente. Para orientar estas pessoas, foram espalhados guardas municipais por alguns pontos do Centro da Capital.
(DC, 21/10/2009)