Edifícios terão que reutilizar água em Florianópolis

Edifícios terão que reutilizar água em Florianópolis

A previsão é que a água da chuva seja coletada, armazenada e usada em atividades que não exijam tratamento.
A tendência do mundo vir a sofrer com a escassez de água potável no futuro preocupa cada vez mais. O norte da Ilha tem um risco crescente nesse sentido com a degradação do Aquífero de Ingleses. Isso está levando à adoção de medidas para estimular o uso sustentável da água. Pensando nisso, a Câmara de Vereadores aprovou por unanimidade na primeira quinzena de outubro projeto de lei que obriga os edifícios públicos e privados a possuírem sistemas de reuso de água. O projeto original foi proposto ainda em 1991 pelo então vereador Nildomar Freire (PCdoB) e vinha recebendo emendas, enquanto eram apresentados outros projetos com similaridades, de autoria dos vereadores D. J. Machado (PP), Aurélio Valente (PP), Ptolomeu Bittencourt (DEM) e Erádio Gonçalves (DEM). Foi feito um acordo e o vereador Edinon Manoel da Rosa (PSB) apresentou um substitutivo global, que contemplou todas as propostas.
O projeto ainda depende da sanção do Executivo para virar lei, Pelo projeto aprovado em plenário, será criado o Programa Municipal de Conservação, Uso Racional e Reuso da Água. O programa será composto de um conjunto de ações com objetivo de possibilitar a economia e o combate ao desperdício quantitativo de água nas edificações, uso de fontes alternativas e reuso de águas utilizadas em tanques, máquinas de lavar, chuveiros, banheiras, etc. Entre as ações previstas de conservação e uso racional de água nas edificações, o projeto exige o uso de aparelhos e dispositivos economizadores de água, incluindoo bacias sanitárias de volume reduzido de descarga, chuveiros e lavatórios de volumes fixos de descarga e torneiras dotadas de arejadores. Estão excluídas dessas exigências as construções de até 70 m2.
Está previsto ainda que a água da chuva será coletada na cobertura das edificações e armazenada em cisterna ou tanque para ser usada em atividades que não exijam água tratada proveniente da rede pública de abastecimento. Entre essas atividades estão irrigação paisagística e campos de cultivo; lavagem de roupas, veículos, logradouros públicos, vidros, calçadas e pisos; utilização na construção civil, combate a incêndios, descargas de vasos sanitários e em processos, atividades e operações industriais. Segundo o projeto, a administração municipal poderá conceder incentivos fiscais aos proprietários de construções já edificadas que quiserem se adaptar às novas ações.
Parque do Rio Vermelho será revitalizado
O Parque Florestal do Rio Vermelho será reformado para ser transformado em um local de visitação e educação ambiental. A proposta e da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), que fez o anúncio no final de setembro, durante as comemorações do Dia da Árvore. “Florianópolis possui uma área imensa, que é o Parque do Rio Vermelho, que é pouco usado, temos só um camping usado por veranistas, que na realidade, foi tomado por pinus que, no passado se plantou, e virou uma praga, então a ideia é erradicar o pinus em janeiro deste ano e retomar a vegetação nativa”, defende o presidente da fundação, Murilo Xavier Flores. Durante a apresentação da proposta, foram distribuídas 500 mudas de plantas como jabiticabeiras, butiazeiros e araçazeiros no Centro de Florianópolis. A atividade foi promovida também em Joaçaba, Chapecó e Lages.
O Parque Florestal do Rio Vermelho está localizado entre o mar e a Lagoa da Conceição. Possui uma área de 1297 hectares e é. na maior parte, constituído por terreno arenoso e plano.
O parque foi criado em 1962 como Estação Ecológica e em 1974 transformado em Parque Florestal. Oferece opção de passeio, incluindo trilhas criadas para evitar a propagação de incêndios e auxiliar na fiscalização ambiental.
(Jornal Folha do Norte da Ilha, 22/10/2009)