Um trevo em debate

Um trevo em debate

Por Roberto Azevedo (DC, 30/09/2009)

Orçado em cerca de R$ 16 milhões, o Trevo da Seta, dado como solução imediata ao trânsito em direção ao Sul da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, não tem autorizada a cessão da área para a realização da obra pela Superintendência do Patrimônio da União em Santa Catarina, proprietária de boa parte da área em que será construído. O problema está no campo administrativo, mas pode desencadear uma série de ações que atrapalhem o andamento dos trabalhos, caso a exigência legal não seja cumprida.

A superintendente do Patrimônio da União, Isolde Espíndola, confirmou que, por enquanto, não pretende interromper a obra. Entende que tem relevância para a cidade. Pondera, porém, que a prefeitura iniciou o procedimento de maneira errada. Isolde não conhece sequer o projeto que fundamenta a obra, pediu agilidade à prefeitura para resolver a pendência e não entende o porquê de não ter feito a solicitação.

Na Secretaria de Obras da prefeitura, o titular José Nilton Alexandre, o Juquinha, não vê risco para a obra. Ele cobra do Patrimônio da União uma definição de limites da área, o que, explica, não foi repassado pelo órgão federal. Juquinha afirma que nem o Deinfra, responsável pelo projeto, nem a Prosul, vencedora da licitação, obtiveram as informações do Patrimônio da União. A superintendente Isolde Espíndola nega que tenha existido o pedido inicial e enviou correspondência à prefeitura para alertar sobre um pedido de informações que foi feito pela Procuradoria da República.