Como se não bastasse o trânsito…

Como se não bastasse o trânsito…

Não bastassem as complicações do trânsito, a população da Grande Florianópolis ainda precisa enfrentar as greves dos Correios e dos bancos. Nem uma das duas tem prazo para terminar. A dos bancários, que começou ontem, preocupa quem pensa na chegada do fim do mês, quando a maioria dos trabalhadores recebe seus salários e as contas, não fosse a paralisação do serviço postal.

A secretária Telma Anjos foi uma das clientes surpreendidas pela greve nos bancos, ontem, ao chegar à agência do Banco do Brasil da Rua Nereu Ramos, no Centro de Florianópolis, para fazer um depósito. Chegando lá, usou o autoatendimento, já que só metade dos caixas estava atendendo.

Nas agências do mesmo banco e do Besc da Praça XV, nada funcionou. Na do BB da Rua ao lado, a dos Ilhéus, havia uma grande fila para utilizar os caixas eletrônicos.

Nos Correios, um aviso na porta de entrada das agências adverte que os serviços Sedex 10, Sedex Hoje, Sedex Mundo e disque-coleta continuam suspensos. O restante dos serviços funciona, mas não há garantia de cumprimento do prazo na entrega.

A produtora cultural Sofia Mafalda usa o Sedex pelo menos uma vez por mês. O material que envia para Minas Gerais chega em um dia.

Desta vez, a atendente dos Correios foi irônica ao informar que ela teria de rezar para que a correspondência chegue em dois ou três dias.

– O pior é que você paga pela rapidez que, com a greve, não há. Estou preocupada – comentou Sofia.

Apesar das dificuldades, que as greves trazem, o dirigente do Procon em Santa Catarina, Sidinei Parisotto, ressalta que o não recebimento de conta não implica deixar de pagar a fatura.

– É obrigação do cliente quitar suas dívidas, assim como é da empresa fazer com que a conta chegue ao usuário, independentemente de greve.

(DC, 25/09/2009)