05 ago Ronda noturna gera bate-boca na segurança
Guardas municipais da Capital e policiais militares em atrito
Policiais militares e guardas municipais de Florianópolis se desentenderam durante uma ocorrência na comunidade Chico Mendes, na área continental da cidade, ontem, à 1h. A confusão continuou durante a madrugada e foi parar na Central de Polícia da Capital, onde os envolvidos bateram boca. Cada lado registrou uma queixa com versões diferentes sobre o episódio.
Na tarde de ontem, os responsáveis pelas corporações disseram que foi um caso isolado e que as instituições trabalham juntas. Mas ainda apresentavam versões diferentes.
O capitão Alessandro Marques, do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, disse que houve indícios de desvio da função por parte dos guardas municipais.
Ele explicou que os homens do Pelotão de Patrulhamento Tático viram guardas municipais revistando uma pessoa na comunidade Chico Mendes. Os policiais militares teriam perguntado o que estava acontecendo e pediram para ninguém sair do local até o comandante de policiamento chegar. O pedido não foi atendido.
Marques declarou que os guardas municipais foram até a Central de Polícia da Capital. Ele questionou se uma instituição criada para cuidar do patrimônio da cidade pode revistar pessoas nas ruas e fazer segurança ostensiva.
Pela legislação, estas funções cabem às polícias Militar e Civil. Na avaliação de Marques, é importante que a corregedoria da Guarda Municipal apure o caso.
Secretário apresenta uma versão diferente
O secretário adjunto de Segurança e Defesa do Cidadão de Florianópolis, Maximo Porto Seleme, afirmou que a ideia é conciliar. Mas narrou os fatos de forma diferente.
Afirmou que a Guarda Municipal perseguia um homem que pulou o muro de uma creche e se escondeu num beco da comunidade Chico Mendes. Ele disse que o suspeito não foi encontrado. Maximo falou que os guardas municipais foram questionados sobre a perseguição pelos policiais militares, mas não acataram o pedido. No entendimento do secretário, os guardas devem explicações somente à prefeitura.
Ele afirmou ainda que não havia irregularidade em perseguir o homem porque se tratava de um flagrante em andamento.
(DC, 05/08/2009)