26 ago Índice de desenvolvimento
A nova edição do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que foi criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para acompanhar a evolução dos municípios brasileiros e os resultados da gestão das prefeituras, apontou Santa Catarina no quarto lugar do ranking dos estados desenvolvidos, segundo esses critérios, atrás apenas de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Dezessete cidades do Estado foram consideradas com alto índice de desenvolvimento. Jaraguá do Sul, Brusque, Tubarão, Blumenau e Itajaí encabeçam a lista, na qual Florianópolis aparece na oitava posição estadual, e na quinta entre as capitais brasileiras. Jaraguá do Sul, além de liderar no Estado, aparece em 28º lugar na lista das 5.565 cidades brasileiras. Os dados que foram considerados referem-se a 2006. A média nacional do IFDM, 0,7376, é superior aos 0,7129 de 2005, uma alta de 3,47% no período.
O índice considera os indicadores de saúde, educação, emprego e renda, e oscila numa escala de zero (o pior) a um (o melhor) para julgar e classificar o desenvolvimento humano das cidades. Nessas três áreas consideradas, apenas a educação experimentou queda no Estado (2,6%) – o que é duplamente preocupante, eis que, em matéria de educação, SC sempre se destacou positivamente no cenário nacional –, enquanto saúde e emprego e renda (convindo ter presente que os dados aferidos são bem anteriores à eclosão da crise econômica global) tiveram altas de 1,6% e 3,6%, respectivamente.
Ao registrar a redução das diferenças e ao definir os pontos altos e os aspectos menos favoráveis de cada município ou de cada região, este valioso trabalho da Firjan permite aos administradores públicos e também a todas as lideranças locais, das econômicas às comunitárias, identificar as virtudes e também os defeitos que precisam ser consertados para que todos cresçam, juntos, em qualidade de vida e abram caminho para um futuro melhor. Se, em Santa Catarina, o quesito educação apresentou queda, é neste setor que devem ser concentrados os estudos e os investimentos capazes de recolocar o Estado na linha de frente em matéria de ensino qualificado e de ponta. Santa Catarina, até mesmo por sua colonização predominantemente europeia, sempre foi um exemplo de educação de qualidade para todo o Brasil. O índice acendeu uma luz de alerta neste sentido, um alerta que não pode ser ignorado. Não se trata de uma competição, mas de criar as condições necessárias para crescer e garantir melhor qualidade de vida para todos. A educação é a chave para o crescimento sustentado, como o comprovam todos os países que nela souberam investir com consistência.
(Editorial, DC, 26/08/2009)