24 ago Combate em massa ao cigarro
No sábado, dia 29, será celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Entre várias atividades para lembrar a data, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) destaca como a mais importante a aprovação de leis antifumo nos estados e municípios, por acreditar que elas são fundamentais no combate em massa ao cigarro.
O presidente da SBC, Antonio Carlos Palandri Chagas, acredita que as leis antifumo em lugares fechados irão colaborar para uma drástica redução no número de fumantes e, consequentemente, no de doenças causadas pelo vício, e para uma maior conscientização da população sobre os males do cigarro.
No Brasil, a arrecadação de impostos provenientes do tabaco é bastante significativa para a economia do país. No entanto, os gastos sociais determinados pelo consumo de cigarros superam, em muito, esta arrecadação.
Segundo Alexandre Cury, médico cardiologista e Coordenador da Cardiologia Diagnóstica do Vita/Lâmina, o tabaco é o principal fator de risco evitável para as doenças cardiovasculares. O fumo aumenta em até 300% o risco de um ataque cardíaco, além de provocar doenças, como o câncer.
– As leis antifumo podem contribuir na redução do consumo de tabaco e evitar também os efeitos do fumo passivo – analisa o especialista.
Cury explica que o fumante passivo, ou seja, aquele que não fuma mas está próximo de um fumante, tem contato direto com 30 substâncias cancerígenas, presentes na fumaça do cigarro. O fumo passivo é responsável por 40% dos infartos, matando seis pessoas por dia no Brasil e causando, ainda, 30% de cânceres de pulmão.
Abrasel defende liberdade de opção dos proprietários
Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Santa Catarina, Ézio Librizzi, cada proprietário deveria ter autonomia para decidir se quer ou não atender em seu estabelecimento o público fumante, com área específica para este fim, seguindo a legislação atual.
– Se for aprovado um novo projeto proibindo o ingresso de fumantes em bares e restaurantes, com certeza teremos muitos prejuízos _ alega.
Ele lembra que já existe uma lei nacional que permite o uso de cigarros em fumódromos, e que normas estaduais e municipais não podem se sobrepor à lei maior.
(DC, 24/08/2009)