Chuva e crise fazem o estrago

Chuva e crise fazem o estrago

A crise financeira, com início em setembro do ano passado, e logo em seguida, a tragédia das chuvas em Santa Catarina, em novembro, contribuíram para derrubar os números da temporada de verão no ano passado.

Os dois acontecimentos surgiram às vésperas da temporada no Estado. Primeiro foi a crise econômica, que assustou diversos setores, inclusive o turismo. Pouco depois, uma das piores tragédias que SC já enfrentou.

A chuva, que vitimou centenas de pessoas, destruiu cidades e varreu casas, também produziu uma série de efeitos negativos na economia estadual. Um deles foi o medo dos turistas de virem ao Estado.

Nos dias que seguiram à divulgação pela imprensa dos efeitos da força da água, Balneário Camboriú, um dos principais destinos dentro do Estado, registrou o cancelamento de 25% das reservas feitas por quem planejava visitar a cidade nos últimos 10 dias de dezembro.

Em outras cidades, as consequências foram parecidas. Prova disso é que a média de ocupação em SC ficou entre 60% e 70%, segundo a Federação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Santa Catarina. O ideal seria entre 80% e 85%.

Em Florianópolis, conforme dados do Sindicato dos Hotéis, a queda foi de 13% na comparação com a temporada anterior. E os números poderiam ser ainda piores não fosse a vinda em massa dos argentinos e uma pequena melhora em janeiro.

Temporada passada
MOVIMENTO ESTIMADO DE TURISTAS
Nacionais 3,84 milhões
Estrangeiros 518,3 mil
Total 4,3 milhões
RECEITA ESTIMADA (R$)
Nacionais 2,1 bilhões
Estrangeiros 443,6 milhões
Total 2,6 bilhões
TAXA DE OCUPAÇÃO
PERMANÊNCIA MÉDIA (EM DIAS)
Nacionais 8,94
Estrangeiros 11,97
Total 9,26
GASTO MÉDIO DIÁRIO (R$)
Nacionais 63,86
Estrangeiros 73,35
Fonte: Santur

(DC, 21/08/2009)