Trabalhador idoso

Trabalhador idoso

Artigo escrito por Miguel Normanha Filho – Professor universitário (DC, 24/07/2009)

Estamos vivendo um processo de ampliação de expectativa de vida da nossa população e teremos que cuidar do envelhecimento, não mais como se estivéssemos tratando de algo novo na vida de uma pessoa, isto é, como fases estanques a criança, o jovem, o adulto, e o idoso (velho) , mas dentro de uma visão ampla e sistêmica. Em A Próxima Sociedade, Peter Drucker (2003), o pai da administração moderna, diz que estamos começando a prestar mais atenção ao rápido crescimento da população de idosos e no rápido encolhimento da mais jovem; assim, desde que a saúde permita, pessoas com mais de 70 anos continuarão trabalhando. Não podemos mais manter o olhar sobre o idoso como fato consumado de exclusão, por fator biológico ou por fator precoce, por conta de um mercado de trabalho preconceituoso e míope.

Assim, podemos vislumbrar que é na comunidade, aqui entendida como cluster ou arranjo produtivo local, que podemos encontrar condições para a reinserção do trabalhador idoso no mercado de trabalho com a dignidade e a qualidade de vida necessárias e a manutenção da cultura local. No contexto de uma sociedade que experimenta um rápido envelhecimento de sua população e que não vem encontrando soluções adequadas para as demandas e necessidades dos idosos, quer no âmbito do Estado, quer no da sociedade civil nos moldes atuais, as micro, pequenas e médias empresas em comunidades preenchem um vazio, desempenhando a importante função de promover a inclusão social dos idosos.