02 jul Greve transporte: Justificativas por água abaixo
Os usuários de transporte coletivo da Grande Florianópolis pagam a passagem mais cara se comprada dentro de ônibus e o salário da categoria está dentro da faixa de remuneração do mercado. A conclusão surgiu a partir de um levantamento feito pelo DC em sete cidades brasileiras e deixa no ar a pergunta: há necessidade de fazer tanta greve?
A reportagem entrou em contato com sindicatos, prefeituras e empresas das demais capitais da região Sul, Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). Cuiabá (MT) e Vitória (ES) também foram consultadas por apresentarem um número de habitantes próximos. Blumenau e Joinville, por serem as maiores cidades catarinenses.
Dos itens pesquisados a respeito do transporte coletivo, não há um diferencial de destaque em salários, valores de passagens e na relação entre habitantes por ônibus. O número de maior destaque é o de greves e paralisações na Capital – sete –, enquanto a segunda com mais problemas foi Blumenau, com quatro.
Mas Florianópolis não se destaca apenas em índices negativos. Dividindo o número de habitantes pela quantidade de ônibus da frota, a Capital apresenta a melhor média: 826,5 pessoas por ônibus. A segunda cidade é a capital gaúcha, com 901,4.
Também é somente em Florianópolis os funcionários recebem participação nos lucros das empresas, além de ser a única onde a passagem tem diferença de preço em dinheiro ou no cartão.
O valor em dinheiro cobrado dentro do ônibus é o mesmo de Joinville, o mais alto dentre as pesquisadas. Os salários dos motoristas de ônibus não têm uma variação significativa. Ficam entre R$ 1.135 e R$ 1.433.
(Lilian Simioni, DC, 02/07/2009)