01 jun Túnel subaquático para melhorar a mobilidade
Projeto pioneiro no Brasil poderia descomplicar os acessos da Capital
Uma técnica ainda não usada na engenharia brasileira poderá ser empregada em Florianópolis. Mais importante que isso, a entrada e a saída da Ilha de Santa Catarina poderão ser menos congestionadas com outra opção de vias.
O túnel subaquático apareceu como uma alternativa para a Capital na apresentação de anteprojetos sobre mobilidade urbana. O documento, apresentado pelo prefeito Dário Berger na última quarta-feira, prevê um túnel de três pistas de ida e três de volta.
A extensão de 1,15 quilômetro ligaria a Beira-Mar Norte, na Ilha, à Beira-Mar Continental, no Bairro Estreito. Desse ponto, a via seria conectada com o município de São José e com a BR-101, formando o Eixo Norte.
América Latina tem apenas uma obra no mesmo modelo
Preliminarmente, o orçamento foi calculado em R$ 590 milhões, enquanto o custo do projeto com uma ponte ficaria em R$ 780 milhões, segundo a prefeitura. O próximo passo é a elaboração dos quantitativos para lançar a licitação do projeto.
Depois, segundo o prefeito, será hora de buscar parcerias para a realização da obra. O túnel foi pré-selecionado para entrar no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) da mobilidade urbana, e a intenção de Berger é que a obra seja construída com verbas da União, do Estado e do município.
O tipo de túnel, se escavado ou imerso, ainda não foi definido. O detalhamento levará em consideração os custos e o impacto ambiental de cada possibilidade.
– Queremos finalizar essa nova travessia ainda dentro do mandato – reafirmou Berger.
A ideia do túnel imerso já foi levantada em Florianópolis. O engenheiro civil italiano Leonardo Redaelli vive há 20 anos na Ilha e, desde sua chegada sugere a ligação. Há apenas um túnel imerso na América Latina, que fica na Argentina. No mundo, o engenheiro afirma que existem mais de 120, 22 somente na Holanda.
(Lilian Simioni, DC, 30/05/2009)