Táxis: Em busca de melhor imagem

Táxis: Em busca de melhor imagem

Além de tarifa alta e frota reduzida, os táxis também não escapam do trânsito emperrado de Florianópolis, que, num estudo da Universidade de Brasília (UnB), teve o segundo pior índice de mobilidade do mundo e o deslocamento mais complicado entre 21 das principais capitais brasileiras. Para tentar melhorar a imagem desse transporte, a prefeitura distribuiu uniformes para os taxistas.
O presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos, Luiz Gonzaga Gonçalves, acredita que o principal problema dos táxis em Florianópolis é o trânsito. Ele explica que um percurso que poderia durar apenas 15 minutos, leva geralmente o triplo em horário de pico, como o do Centro-Estreito, no Continente.
Essa é também a principal reclamação entre os taxistas. Motorista de táxi há 22 anos, Carlos Alberto de Andrade afirma que não adianta aumentar a frota, se em horário de pico os motoristas vão ficar parados no trânsito da mesma forma.
Os taxista Emílio Eduardo Escribano também reclama da mobilidade na Capital:
– O trânsito é horrível, um percurso do Centro ao Aeroporto era para levar cerca de 20 minutos, mas fica em 40. A prefeitura precisa tomar uma providência.
Para ele e Escribano, os uniformes recebidos em junho ajudam a passar uma melhor imagem para o usuário de táxi.
O secretário de Transportes de Florianópolis, João Batista Nunes, admite que o trânsito é crítico na cidade e diz estudar a possibilidade de os taxistas usarem o corredor de ônibus. Além disso, ele relata que a secretaria está em conversa com o sindicato para oferecer cursos aos motoristas. O presidente do sindicato avalia essa como uma necessidade urgente:
– Há uns cinco anos tínhamos esses cursos e estamos tentando reativá-los. Acredito que é muito importante para os motoristas terem aulas de línguas e até mesmo de relacionamento com o cliente.
(DC, 22/06/2009)