10 jun Capital com energia melhor
Com investimento de R$ 72 milhões, a Celesc dá andamento às obras de linhas de transmissão e da Subestação Florianópolis Agronômica, que devem ficar prontas no final de novembro. Com a subestação, a Celesc fecha o setor elétrico em anel, com duas vias de abastecimento na Ilha de SC, garantindo 100% de confiabilidade ao sistema.
De acordo com o diretor técnico da Celesc, Eduardo Sitonio, a nosubestação elimina a possibilidade de apagão, como o que deixou a parte insular da Capital sem energia elétrica por 55 horas, em 2003. As duas vias são através da ligação com a subestação Ilha Centro, abastecida pelos cabos debaixo da ponte, e através da subestação Trindade, abastecida pelos cabos submarinos, da Eletrosul, ligada à Subestação Desterro, no Campeche.
– Se ocorrer problema na ponte, o abastecimento chega ao Centro via Trindade. Além da vantagem de poder remanejar a carga para a Agronômica, a nova subestação também vai desafogar a subestação Ilha Centro em 40%.
O principal diferencial da obra é que a subestação vai ocupar uma parte física bastante menor do que as subestações normais, onde são necessárias áreas de até 10 mil metros quadrados. Na Agronômica, é de apenas 3 mil metros, sendo que a área construída é de apenas 800 metros quadrados, ou dois andares de 400 metros quadrados.
– Isso só será possível graças à tecnologia de um gás isolante que vamos usar entre as fases. Normalmente, como são eletrificadas por 138 mil volts, seria necessária uma distância de três metros entre cada uma das fases. Com a aplicação deste gás isolante, esta distância pôde ser reduzida para 12 centímetros – conta.
A previsão para a primeira manutenção na Subestação Agronômica é dentro de 25 anos. Outra vantagem, conforme o engenheiro, é que não serão necessários funcionários para operar o local, o que reduz as despesas com pessoal.
Equipamento está sendo construído na Alemanha
O equipamento está sendo construído na Alemanha, para onde foram enviados engenheiros da Celesc. Pronto, deve embarcar em agosto num navio em direção ao Brasil, para ser montado sobre a obra civil no Bairro Agronômica, muito próximo da residência oficial do governador.
– Em novembro, teremos tudo montado e testado para entrar em operações no final do mês ou, no máximo, na primeira quinzena de dezembro. O equipamento chega de contêiner e é colocado sobre as bases que estarão prontas – diz.
Conforme Sitonio, os transformadores são de baixo ruído e as paredes da obra, assim como os muros, terão tratamento acústico. Ele garante que a vizinhança não ouvirá nenhum barulho da nova subestação. A obra física da Subestação Agronômica deve consumir R$ 26 milhões e as linhas de transmissão entre as subestações Trindade e Ilha Centro até a Agronômica, mais R$ 46 milhões.
(Simone Kafruni, DC, 10/06/2009)