Termina sem acordo reunião entre trabalhadores do transporte coletivo e prefeito de Florianópolis

Termina sem acordo reunião entre trabalhadores do transporte coletivo e prefeito de Florianópolis

Direção do Sintraturb não quis se pronunciar sobre a possibilidade de paralisação iminente
Terminou sem acordo a reunião entre o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, e o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano da Grande Florianópolis (Sintraturb). Ao fim da reunião, a direção do sindicato não quis se pronunciar sobre a possibilidade de paralisação iminente do serviço de ônibus da região.
Dário Berger disse que irá levar as reivindicações dos trabalhadores aos empresários em uma reunião com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf) nesta sexta-feira. Após o encontro com o Setuf, o prefeito deve se reunir com os trabalhadores novamente, às 16h.
Mais cedo, Ricardo Freitas, assessor do Sintraturb, havia dito que a paralisação pode ter início a qualquer momento. Segundo ele, como a categoria está “anunciando” a possibilidade de paralisação desde o mês passado, não haveria o descumprimento da lei federal 7.783, que determina o aviso da paralisação do serviço essencial à população, pelos trabalhadores, com 72 horas de antecedência.
Diferente das paralisações anteriores, quando os ônibus recolhiam os passageiros nos bairros e os trazia até o Centro da capital catarinense antes da greve, o Sintraturb vai orientar os motoristas a não saírem das garagens com os veículos.
Na terça-feira a categoria votou em assembleia pelo estado de greve. Na quarta, as empresas de ônibus receberam um ofício avisando do estado de greve, portanto o prazo de 72 horas (contadas a partir do recebimento), se esgotaria no sábado.
Segundo o presidente do Setuf, Waldir Gomes da Silva, se os trabalhadores do transporte paralisarem as atividades, as empresas irão à Justiça para exigir o retorno ao trabalho.
Antes do início da greve, o promotor de Defesa do Consumidor, Fábio Trajano de Souza, vai protocolar, uma medida judicial para que se cumpra a lei — não haja paralisação antes de sábado e seja mantido um número mínimo de ônibus circulando para atender as necessidades básicas da comunidade.
Nesta quinta-feira, Dário Berger havia garantido a manutenção dos empregos e a concessão de reajuste salarial aos trabalhadores do transporte urbano.
(DC, 08/05/2009)