Família teme o ataque de bicho misterioso

Família teme o ataque de bicho misterioso

Pegadas e galhos quebrados assustam pessoas no Saco dos Limões

Segundo a lenda do lobisomem, um homem se transforma em lobo, possuidor de olhos vermelhos aterrorizantes, com unhas enormes, que costuma assombrar as casas depois da meia-noite. Se é verdade, ninguém sabe. Mas na casa da família Vigna, no Bairro Saco dos Limões, algo estranho acontece durante a madrugada.

Há um mês, Adalberto encontrou um galho quebrado no pátio da casa, no final de uma rua sem nome e de difícil acesso. Os galhos, que parecem estar roídos, começaram a aparecer todos os dias, deixando a situação mais curiosa.

Até que, na madrugada de ontem, barulhos estranhos acordaram a família, que, ao amanhecer, viu quatro pegadas ao redor da casa:

– Acordei com meus cachorros uivando e o vizinho ouviu algo correndo no telhado. Os galhos são cortados da mesma forma, como se fossem roídos até o miolo e depois quebrados. Ah, e é só de goiabeira.

Adalberto arrisca:

– Pela pegada, esse animal deve ter mais de 40 quilos e pode ser tão grande que passa a cerca, porque tem duas pegadas de um lado e duas do outro. Não vou mais sair durante a madrugada, não sei com o que estou lidando.

Adalberto lembra que, há 10 anos, moradores do bairro contam que um menino de três anos sumiu misteriosamente e foi encontrado dentro de uma pedreira, a mais de 500 metros de sua casa.

A história na época assustou a vizinhança porque o menino não estava machucado e afirmou que o lobisomem o levou até o local.

Biólogo acha que é um cachorro

– Eles contam que o menino foi levado de noite e encontrado no outro dia. Eu prefiro acreditar que não seja o lobisomem o roedor desses galhos, nem o dono dessas pegadas, mas se for, acho que vamos nos mudar. É assustador – disse.

A reportagem enviou as fotos para o biólogo e mestre em Ecologia Terrestre Luiz Guilherme Marins Sá. De acordo com ele, pelo formato das pegadas e por possuírem marcas de unhas nas pontas, devem ser de um cachorro.

Quanto aos galhos, o pesquisador acredita que não tenha ligação com o animal. A Secretaria do Meio Ambiente deve mandar uma equipe hoje ao local para avaliar as pegadas e os galhos cortados.

(DC, 27/05/2009)