27 maio Em dias úteis, a via é expressa só no nome
Reportagem do DC consegue média de 22km/h na entrada da Ilha de manhã
É a cerca de 15 km/h que milhares de pessoas chegam à Ilha de Santa Catarina nos dias úteis. São seis quilômetros de BR-282 (Via Expressa), outros 1.252 metros de ponte e muitas filas no caminho dos motoristas.
A velocidade foi constatada ontem, quando um carro do DC fez o trajeto do Trevo de Barreiros até o fim da Ponte Pedro Ivo Campos por duas vezes.
O tempo foi o aproximadamente o dobro do que levaria um carro andando a 60km/h – a máxima permitida em grande parte da via é de 100 km/h.
A rota tinha pouco mais de 12,5 quilômetros, até a Praça XV de Novembro. O tráfego intenso se dissipa logo na entrada da Avenida Gustavo Richard, depois da ponte. Mesmo assim, nas duas vezes em que o trajeto foi feito, a velocidade média não passou de 22 km/h.
A primeira saída foi às 7h33min e a chegada na praça, às 8h06min. A segunda foi às 8h19min, e a chegada às 9h. Apesar da diferença entre os dois percursos ter sido de apenas oito minutos, a comparação prova que sair antes de casa é melhor para quem quer pegar menos engarrafamento.
O Km 2 é um dos mais complicados. As filas aumentam e os motoristas não conseguem passar da primeira marcha. A entrada de carros vindos dos bairros dá fôlego ao engarrafamento.
Engenheiro do Ipuf indica a quarta ponte
Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), um termo de referência está sendo produzido. O documento vai especificar o que deve ser feito no projeto que pretende amenizar o tráfego na Via Expressa.
Existe a possibilidade de serem construídas duas novas faixas em cada lado da pista. Entretanto, é necessário um conjunto de estudos viários sobre o papel que seria desempenhado pelas três esferas governamentais antes do projeto sair do papel. A meta é finalizar o termo e preparar a licitação de elaboração do projeto até o fim do ano.
O engenheiro de trânsito do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), Lírio José Legnanni, destacou que em 2000, o órgão fez uma avaliação indicando a urgência de ampliação da Via Expressa após a conclusão do Túnel Antonieta de Barros, do trecho da Via Expressa Sul e do Elevado Dias Velho.
O estudo de ampliação da rodovia previa a construção de passarelas e a ampliação para quatro faixas em cada sentido da via. Segundo ele, a prefeitura chegou a retirar os moradores que invadiram a faixa de domínio.
As vias para se chegar à BR-101 não podem ser consideradas rotas alternativas à BR-282, segundo Legnanni. As ruas não têm capacidade e são utilizadas somente por moradores. Ele defende alternativas como a quarta ponte.
(Lilian Simioni, DC, 27/05/2009)