03 abr WTTC revela motivos para escolha do Brasil como sede
O maior evento de turismo do mundo acontecerá pela primeira vez no Brasil. O presidente do World Travel & Tourism Council (WTTC), Jean-Claude Baumgarten, explicou ao site do MERCADO & EVENTOS os motivos pelo qual o Brasil e Florianópolis foram escolhidos. O evento acontece de 15 a 16 de maio.
De acordo com Jean-Claude, o Brasil concorria com a China, país que sediará a edição no próximo ano. Ele confirmou que era importante ser um país membro da aliança Bric (Brasil, Rússia, Índia ou China), pois são países em desenvolvimento. Por outras duas vezes ele tentou trazer o evento para o país, mas por diferentes razões não conseguiu.
Outro fator apontado por ele como decisivo foi o fato do presidente Lula ter entendido o significado da palavra turismo: “Turismo é geração de emprego e renda e o presidente do Brasil entendeu a mensagem que queremos levar. Isso também foi um fator que nos fez crer que a escolha estava certa”.
Para ele, o Brasil assim como os demais países do Bric são o futuro do turismo. “No Brasil, por exemplo, são 100 milhões de potenciais consumidores de viagens. Na Índia são mais de 500 milhões. São povos que estão viajando sempre e com mais frequência”, disse.
Escolha de Florianópolis foi pedido ao vivo do governador
Jean-Claude Baumgarten explicou o porquê de Florianópolis ser o escolhido e não São Paulo ou Rio de Janeiro, as duas mais importantes cidades do Brasil e as que mais recebem eventos internacionais.
“Fui convidado pela Jeanine (Pires, presidente da Embratur) para um seminário ao vivo na RBS de Santa Catarina para explicar como funciona o congresso do WTTC e o que ele representa para o turismo. Em um determinado momento um senhor que não sabia quem era me disse que depois das explicações fazia questão do evento ser em Florianópolis e que iria dar todo apoio necessário. Este senhor é o governador José Henrique da Silveira”, disse. “Não tive como negar”, complementou.
Ele alega ainda outro motivo para a escolha: “Já realizamos o evento em grandes cidades como Lisboa e Dubai, por exemplo, e em épocas de crise é bom investir em cidades menores, mas com potencial de crescimento, caso de Florianópolis”.
Questionado sobre a falta de voos da Europa e Estados Unidos para Florianópolis, Jean-Claude Baumgarten disse que já iniciou conversas com Gol e Tam para que ambas disponibilizem suas aeronaves.
(Mercado e Eventos, FlorianópolisCVB, 03/04/2009)