Servidores da Capital iniciam o dia em greve

Servidores da Capital iniciam o dia em greve

Secretário afirma que a categoria age com precipitaçãoParte da estrutura da prefeitura da Capital estará parada a partir de hoje. Os servidores públicos municipais iniciaram greve por tempo indeterminado à 0h desta quinta-feira. Um ano depois da última greve, os servidores têm 20 pontos de reivindicação em pauta. O secretário municipal de Administração, Constâncio Maciel, disse que a decisão é precipitada.

Ontem, grupos de servidores passaram pelos locais de trabalho do funcionalismo para expor os motivos sobre o movimento, ressaltar a pauta de reivindicações e pedir apoio. Nas creches, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), Márcio Bittencourt, foi distribuída uma carta aberta aos pais explicando as razões da greve.

Quatro pontos se destacam entre as reivindicações. Conforme o dirigente, os servidores querem um plano de cargos e salários que valorize a carreira dos servidores ao longo dos anos dentro da prefeitura. O reajuste no auxílio-alimentação, de R$ 11 por dia trabalhado para R$ 13, é outro ponto, assim como a reposição salarial.

A questão mais ressaltada é a revogação da lei que trata do fundo previdenciário dos servidores. De acordo com Bittencourt, a lei não foi discutida com a categoria, e a aprovação aconteceu em fevereiro, quando parte dos servidores estava em férias.

O sindicato espera adesão mais intensa, principalmente, no setor da educação. Na saúde, os servidores devem participar parcialmente, com expectativa de aumento gradativo do número de grevistas.

Hoje, às 14h, no Clube Doze de Agosto, ocorre uma nova rodada de negociações com a prefeitura. Antes da greve foram quatro reuniões. No ano passado aconteceram 14 mesas de negociação somente no período da greve, de uma semana.

O secretário de Administração afirmou que a greve é uma medida que antecipa uma decisão a ser tomada daqui a um mês.

– A data-base é 1º de maio. É uma greve antecipada, porque estão reivindicando coisas que não foram nem concedidas nem negadas ainda.

Sobre as reposições salariais, Maciel destacou que será feita uma verificação de impacto, devido às restrições impostas pela crise mundial. Segundo ele, não há decisão de que o pedido será atendido ou se existirá uma contraproposta.

Quanto à questão previdenciária, o secretário avaliou que a reivindicação entrou como pano de fundo para a greve. Conforme ele, os servidores podem sugerir alterações na lei.

(DC, 02/04/2009)