17 abr Corredor exclusivo para ônibus na Ponte Colombo Salles gera mais estresse para deixar a Ilha de carro
No primeiro dia do corredor exclusivo para ônibus na Ponte Colombo Salles, os 40 mil passageiros que vão ao Continente diariamente levaram, no máximo, cinco minutos para fazer a travessia. Por outro lado, caos total para carros, trancando até parte da Beira-Mar Norte. O secretário de Transportes, João Batista Nunes, garante que a prioridade, agora, é o transporte coletivo.
Às 18h24min de ontem, o auditor Onildo Matos, 51 anos, via o ônibus em que estava, da linha Abraão, deixar a plataforma do Ticen, em direção à ponte. No mesmo horário, o vigilante Fabiano Miguel, 29 anos, em um Palio, já estava há 34 minutos parado em frente ao Terminal Rodoviário Rita Maria, na Avenida Paulo Fontes.
Acesso pelo Rita Maria pode ficar trancado
Quatro minutos depois, Onildo alcançava o Continente. Feliz da vida com a implantação do corredor de ônibus. Fabiano só chegou ao final da ponte às 19h20min. Estresse total.
Os sentimentos opostos de Onildo e Fabiano refletem o que provocou na cidade, na tarde de ontem, o corredor mais ousado entre os três implantados até agora pela prefeitura de Florianópolis. Está claro que o ônibus é prioridade.
Para carros, trânsito parado até a Beira-Mar Norte. Do outro lado, às 20h, ainda tinha filas até o túnel da Via Expressa Sul. Apesar do nervosismo, o motorista de carro foi sensato:
– A solução para isso aqui é um transporte coletivo eficiente, de qualidade e barato. Eu não colocaria meu carro nessa tranqueira se andar de ônibus fosse bom.
Apesar do caos para carros, o secretário de Transportes garante que a operação vai continuar. E cogita-se até trancar o acesso à ponte pelo contorno do Terminal Rita Maria, entre 17h e 20h.
Para o secretário, a única saída é que mais gente ande de ônibus. Por isso, as mudanças para que o transporte coletivo ganhe agilidade.
– Com mais gente no sistema, é possível ter uma tarifa mais justa – disse.
(Cristina Vieira, DC, 17/04/2009)