12 mar Estado pode construir duas torres na Capital
Centro Administrativo deverá abrigar cerca de 4,6 mil servidores de diversas secretarias, na SC-401
Depois de mais de um ano de tramitação e grande polêmica, o Projeto de Lei Complementar 948/2007, que muda o gabarito da região do Saco Grande e dá autorização para edificações de até 12 andares no bairro, foi aprovado pelos vereadores da Capital na noite de terça-feira.
Agora, o governo do Estado espera a publicação da lei, o que deve ocorrer na próxima semana, para que a ordem de serviço de um projeto arquitetônico seja assinado.
O esboço do projeto já foi feito. Prevê um conjunto integrado de dois prédios, que terão na teoria seis andares e um ático cada, além do térreo de pilotis – que deverá servir como estacionamento – e mais dois andares de subsolo de estacionamento. Ao todo, serão 60 mil metros quadrados de área construída.
Além disso, o projeto prevê obras complementares no Viaduto do Itacorubi, ampliação do trabalho de saneamento da área, e o alargamento da Rua Baldicero Filomeno, que passa por trás do Centro Administrativo.
O governo ainda fará estradas marginais nos dois sentidos da SC-401, entre o viaduto do Cacupé e o cemitério Jardim da Paz.
Melhorias não têm valores definidos
O secretário de Administração do Estado, José Nei Ascari, comemorou a aprovação do projeto, e disse que vai esperar a sanção e a publicação da lei para assinar a ordem de serviço do projeto arquitetônico.
– O que nós temos até agora é apenas uma concepção arquitetônica. Não tenho nem como passar o valor da execução desse projeto, não temos ainda nada concreto – disse o secretário. Ele destacou que a ideia do governo é colocar a estrutura de Saúde, Educação, Infraestrutura, Segurança Pública, e Cultura, Esporte e Turismo, entre outros órgãos, de maneira centralizada no novo Centro Administrativo.
O número de servidores no local vai mais do que triplicar: a estimativa é que, de 1,4 mil servidores, 4,6 mil passem a trabalhar no espaço. Os prédios próprios utilizados pelos órgãos centrais na Capital serão vendidos, e os alugados, desocupados.
Na votação do projeto, apenas os vereadores João Amin e Aurélio Valente, do PP, mais Dr. Ricardo (PC do B) votaram contra a mudança de gabarito. O vereador Dalmo Meneses (PP) se absteve.
(Rene Muller, DC, 12/03/2009)