09 fev Viajando a Dubai
Da coluna de Moacir Pereira (DC, 08/02/2009)
A presença da senadora Ideli Salvatti na comitiva do governador Luiz Henrique, nesta nova missão internacional que começa neste domingo, em Dubai, tem recebido críticas de adversários e até de correligionários. Equivocam-se aqueles que oferecem restrições a esta decisão. Primeiro, Ideli não vai a serviço de Luiz Henrique nem do PMDB. Vai representando o seu partido e o povo que a elegeu. Certamente trará da cidade mais moderna do mundo e que de forma mais inteligente investe em turismo, ensinamentos e testemunhos eloquentes sobre o que deve e o que não pode ser feito em Santa Catarina.
Justiça seja feita. A senadora tem tido a capacidade de se adaptar à realidade dos fatos. Era crítica radical do pedágio nas rodovias. Até que, em sua primeira viagem internacional, constatou uma praça de pedágio a 10 metros do aeroporto de Pequim. É isto mesmo: pedágio e muitas praças, em estradas maravilhosas, seguras e bem sinalizadas no maior país comunista do planeta. Mudou.
Em Dubai, poderá verificar como é possível desfrutar das belezas da natureza, colocando talento e racionalidade. Se, aqui em Santa Catarina, é proibido fazer acréscimos de marinha, muito mais por motivos ideológicos, em Dubai, os mais premiados arquitetos, técnicos e ambientalistas do mundo constroem várias cidades, totalmente sobre o mar, em ilhas artificiais.
Ao contrário de outros emirados árabes, Dubai não tem mais reservas petrolíferas. O sheik El Makthoun, há 30 anos, previu esta debilidade econômica e partiu para um corajoso projeto: turismo. Os maiores empreendimentos turísticos do mundo estão em Dubai. Tudo com sustentatibilidade, marinas maravilhosas, campos de golfe esplêndidos. Turismo qualificado. Não à bagaceira. Por quê? Porque gera empregos e, ao contrário da indústria comum, não pode ser removido para outro país.