16 fev Estação de Tratamento de Esgotos do Sambaqui sob suspeitas
Técnicos da Estação Ecológica de Carijós/Ibama estiveram hoje de manhã (13/2) vistoriando a área onde a Casan pretende instalar a estação de tratamento de esgotos, no final da Barra do Sambaqui, junto ao manguezal de Ratones e o rio Veríssimo.
Segundo o chefe da unidade de conservação, Apoena Figueiroa, são aguardados os estudos de impacto ambiental que devem ser encaminhados pela Fundação de Meio Ambiente do Estado (Fatma). Com os estudos em mãos, vai ser possível verificar a existência de ameaças ou não à flora e à fauna local (biota). Se existirem ameaças, o Ibama pode sugerir mudanças ou mesmo vetar a obra. Figueiroa reafirmou se a obra da estação for iniciada sem o aval da Estação ela será embargada.
O marco que indica os limites da Estação de Carijós está situado dentro do terreno onde pode sair a ETE. Ao contrário do que foi dito por Cláudio Floriani, responsável pela área de meio ambiente da Casan, a unidade de conservação não começa “no lado de lá do rio” Veríssimo. Começa bem antes.
Entenda o problema
Em 14 de janeiro de 2009, foi assinada a ordem de serviços de R$ 11,398 milhões para a construção de uma Estação de Tratamento de Esgotos – ETE que vai atender Cacupé, Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui, e ficará localizada na Barra do Sambaqui. Os recursos são provenientes do PAC/BNDES e as obras iniciarão logo após o Carnaval.
Ocorre que até o momento a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento S. A. – CASAN não apresentou um projeto sobre como irá tratar o esgoto, sendo certo que existirão resíduos que não serão tratados. Ademais, não há qualquer Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), tanto para a construção desta ETE, mas, principalmente, sobre o método de tratamento do esgoto e o destino dos resíduos que não serão tratados.
(Correio da Ilha, 13/02/2009)