30 jan Turismo Social
Artigo escrito por Paulo de Brito Freitas, Empresário (DC, 30/01/2009)
A estimativa dos órgãos de turismo do país é de que, num panorama de mais de 200 milhões de brasileiros, apenas 15 milhões viajam e se hospedam em hotéis por ano. Por outro lado, 37% das pessoas que viajam no Brasil se hospedam em casas de parentes e amigos, o que corresponde, para o setor hoteleiro, um contingente de turistas habituais em potencial. Ainda existe no Brasil uma crença de que viajar é algo caro e artigo de luxo destinado apenas a pessoas de alto poder aquisitivo. Os custos de uma estadia prolongada realmente podem ser inviáveis se pagos de uma só vez; a falta de prioridades com gastos, de um planejamento de lazer e despesas de família também podem se tornar empecilhos para o descanso programado.
Criado para democratizar o turismo no Brasil, o Turismo Social é uma oportunidade dada à classe média para planejar um passeio de férias e pagá-lo em 12 parcelas. A facilidade permite o encaixe do turismo como uma opção real de lazer no cotidiano do trabalhador brasileiro, e ainda atende a uma necessidade física e psíquica do ser humano.
Além de impulsionar o consumo do produto lazer por esse público, o Turismo Social diminui a ociosidade da hotelaria, em períodos de baixa temporada, e abre mercado para a criação e venda de diferentes serviços turísticos.
Por esses motivos o setor pretende implementar e difundir no país soluções criativas para esse mercado, como o vale-hospedagem e o Plano de Férias do Trabalhador Brasileiro.
Inspirado no cheque-férias da França, o vale-hospedagem prevê que empresas possam descontar até 5% do IR devido destinando esse valor em diárias para funcionários. Já o Férias do Trabalhador, programa que deve ser lançado neste ano, propiciará a milhões de trabalhadores a oportunidade de férias com hospedagem em mais de 2 mil hotéis credenciados por todo o país.