Mercado interno pode aquecer turismo em 20% no verão, prevê ministro

Mercado interno pode aquecer turismo em 20% no verão, prevê ministro

Graças à desvalorização do real em relação ao dólar, os brasileiros estão viajando menos para o exterior e o mercado interno deve ter um aquecimento de 20% neste período de férias, em relação ao verão de 2008. A estimativa é do ministro do Turismo, Luiz Barretto.

“O verão vai ter um crescimento de 20% no mercado interno. Já teve um pico no Réveillon e temos uma grande oportunidade de manter esse pico em janeiro e fevereiro. Aproveitando esse momento, queremos trabalhar os aeroportos brasileiros com painéis com os principais destinos turísticos brasileiros e com outras ações”, disse.

Na tarde da última quarta-feira, ele se encontrou com o presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Cleonilson Nicácio Silva, quando trataram de convênio para usar os espaços publicitários dos aeroportos para divulgar os principais destinos turísticos do país. Segundo ele, a ação tem por objetivo o aquecimento do mercado interno, o chamado turismo doméstico.

Além de diagnosticar o aquecimento do turismo doméstico como reflexo da crise econômica internacional e da desvalorização do real, Barretto disse que acredita que este também é um reflexo do aumento de renda de parte dos brasileiros.

“O custo para viajar para fora ficou mais alto. Você tem uma desvalorização do real em torno de 30% e um conjunto de brasileiros desistiu de viajar para fora e está viajando aqui dentro. É também resultado do aumento da renda do brasileiro. Nos últimos anos, 20 milhões de brasileiros entraram no mercado de consumo e passaram a consumir viagens”, afirma.

O ministro disse, ainda, que a busca por destinos mais próximos é comum em situações de crise, mas admitiu que o turismo do país não está imune a impactos negativos da crise. Ao mesmo tempo, atribui o crescimento do mercado interno, também, a uma melhora no atendimento ao turista brasileiro.

“O turismo do Brasil melhorou. Você tem mais destinos brasileiros com capacidade para receber o turista brasileiro. É uma oportunidade que a crise nos gera. Evidentemente nós precisamos ter cautela. Passado o verão, temos que estudar com carinho os reflexos. Não estou dizendo que estamos imunes. Mas que, no curto prazo, temos oportunidade de crescimento, e o Réveillon confirmou isso”, avalia.

Em relação aos atrasos de vôos que ocorreram no fim do ano, Barretto disse não acreditar que tenham prejudicado o turismo, já que, para ele, os problemas foram “pontuais, de uma companhia aérea”, e o cidadão saberia identificar isso.

(Jornal de turismo, FlorianópolisCVB, 08/01/2009)