11 dez O mistério dos pingüins
Já foram recolhidos cerca de 400 animais e outros poderão surgir
A chegada inesperada de cerca de 400 pingüins ao Litoral catarinense, este ano, provocou uma situação nova para os responsáveis pelos animais. Não há verba prevista para a compra da alimentação e o estoque de sardinhas no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Bairro Rio Vermelho, Norte da Capital, deve acabar na semana que vem.
No Parque do Rio Vermelho restam 38 pingüins que chegaram sujos de óleo e não foram devolvidos ao mar. Os animais não podem voltar para as águas oceânicas antes de março, porque estão em época de troca de penas e morreriam se fossem soltos. Para alimentá-los são necessários 20 quilos de peixes por dia – volume que deve chegar a duas toneladas até eles serem liberados.
De acordo com a veterinária da ONG Associação R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas, 39 anos, o planejamento financeiro do Ibama e da Polícia Militar Ambiental previa um investimento em alimentação para 50 pingüins, média anual de animais que chegam às praias da Capital.
– Na segunda-feira recebemos mais um pingüim. Isso é atípico, porque os animais sempre chegam durante o inverno, no máximo até agosto. Mas este ano, somente entre outubro e novembro, recebemos 70 – explicou Cristiane.
Além da troca de penas, outro motivo apontado pela veterinária para manter os pingüins em Florianópolis é que a corrente marítima responsável por deslocar os animais até suas colônias, na Patagônia, não está mais passando pelo Litoral catarinense.
Como ajudar
Para ajudar nos cuidados com os animais, a ONG Associação R3 Animal, que cuida dos pingüins, está solicitando doações em dinheiro ou peixe (tem que ser sardinha). As doações em sardinha podem ser feitas diretamente no Parque Ambiental do Rio Vermelho. As doações em dinheiro podem ser depositadas na conta da ONG Associação R3 Animal (Banco Besc, agência: 055-8 / Conta corrente: 90.457-30)
(Nanda Gobbi, DC, 11/12/2008)