17 dez Moradores enfrentam 3ª enchente do ano em Florianópolis
As fortes chuvas que voltaram a atingir Santa Catarina nas últimas 24 horas causaram novos deslizamentos, bloqueios de rodovias e alagaram dezenas de casas. Moradores de Florianópolis enfrentam a terceira cheia do ano. Em algumas cidades choveu em apenas algumas horas mais do que o esperado em todo o mês de dezembro. Em São Francisco do Sul, no norte do Estado, foi registrada uma precipitação de 255,8 mm. O número equivale a 255 litros de água despejados em 1 m².
Na região metropolitana, vários deslizamentos e alagamentos foram registrados. Somente em Palhoça, 120 moradores de um edifício foram retirados às pressas depois que um morro desabou sobre os fundos. No principal acesso à Florianópolis, o início da BR-282, um morro cedeu e ameaça destruir duas residências. Os moradores foram orientados pela Defesa Civil a deixarem o local.
“Eu não aguento mais”, diz moradora
A situação na capital catarinense é crítica em alguns bairros da região sul. Os alagamentos atingiram casas do Campeche e rio Tavares. Mãe de quatro filhos com idades entre 12 e 2 anos, Estela Luiza Martins, 29 anos, conta que enfrenta enchente pela terceira vez no ano. “Acordei pela manhã com a casa tomada de água”, disse. “Levantei o que pude, mas perdi muitas coisas que ganhei há poucos dias”.
Os brinquedos das crianças ficaram espalhados pelo quintal completamente alagado. O medo de Estela é que uma nova chuva ainda possa causar mais destruição. “Eu não aguento mais. Queria muito sair daqui mas não tenho para onde ir com meus filhos”, lamentou.
Recorde é superado em 2 vezes
A chuva em Florianópolis superou em duas vezes o recorde no mês de dezembro, de acordo com o Centro de Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri-Ciram). Com 119,1 mm em 24 horas, bateu o recorde de 2003, que era de 58mm. Em São José, onde choveu 203mm, o índice superou o recorde de 1985.
Segundo ainda o Ciram, a instabilidade foi provocada por um vórtice ciclônico (um sistema de baixa pressão na atmosfera) e o estado de alerta persiste nas próximas horas.
As informações são do Terra
(O Dia Online, 17/12/2008)