16 out UFSC apresentará pesquisas sobre a fauna de insetos da Mata Atlântica
O estudo: parceria entre universidades
Os visitantes da 7ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC poderão interagir com insetos – colocar um besouro na mão e ver de pertinho um louva-deus ou um bicho-pau. Também vão aprender sobre libélulas, borboletas, formigas e besouros no estande ´Fauna de Insetos na Mata Atlântica: Biodiversidade e Interações`.
O espaço está sendo organizado pelos laboratórios de Abelhas Nativas (Lanufsc), de Entomologia Médica (Lemed), de Biologia de Formigas e de Ecologia Terrestre e Animal, todos ligados ao Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina. O estande é um dos 150 que estarão abertos à visitação em frente à Reitoria, de 22 a 25 de outubro, durante a 7ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC – evento da universidade integrado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
O espaço vai permitir a divulgação de resultados de pesquisas que fazem parte do Programa Mata Atlântica. A partir dessa iniciativa, em colaboração com a Universidade Federal de Pernambuco, a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal do Paraná, a UFSC desenvolve pesquisas para saber mais sobre a fauna e flora do que resta da Mata Atlântica no Brasil. Esse ecossistema é berço de cerca 20 mil espécies de plantas, incluindo mais de 70% das bromélias existentes no mundo – e essa espécie e suas interações com insetos são o foco dos estudos que são desenvolvidos com apoio do CNPq e do Ministério Federal para Formação e Pesquisa da Alemanha (BMBF).
O projeto iniciou em 2002 e agora está em sua segunda fase. Até 2005 foram pesquisadas a fauna e a flora de regiões de Mata Atlântica primária e secundária em Santa Catarina, com enfoque em seis espécies de bromélias. O levantamento resultou em um inventário de cerca de 300 espécies de invertebrados que se relacionam com essa espécie, interagindo com suas flores ou seu “tanque”.
A segunda fase da pesquisa, de 2006 a 2009, está direcionada aos chamados “visitantes florais”, os animais que têm relação com as flores das bromélias. O trabalho já foi exposto na Sepex no ano passado, mas agora o foco passou das bromélias para os animais que se relacionam com elas. “Queremos voltar a atenção para as diversas espécies de insetos da Mata Atlântica”, conta a professora Josefina Steiner, uma das pesquisadoras. O projeto é coordenado pelo professor Carlos Brisola Marcondes, do Lemed/UFSC, e pela bióloga Anne Zillikens, da Universidade de Tübingen.
No estande serão expostas gavetas entomológicas com exemplares de insetos fixados, que foram encontrados nas bromélias. O espaço também vai contar com um datashow para apresentações direcionadas a diferentes faixas-etárias, além de exemplares de bromélias. Pela primeira vez, terá animais vivos, que serão apresentados e explicados.
Parte deste material vivo está sendo trabalhado junto ao projeto de extensão “Diversidade de insetos do Parque Ecológico do Córrego Grande”, voltado para a educação ambiental e conservação. A proposta é desenvolvida pelos professores Malva Isabel Medina Hernández e Benedito Cortês Lopes, com alunos do Curso de Ciências Biológicas.
Mais informações:
Professor Carlos Brisola: cbrisola@mbox1.ufsc.br / 48 3721-5208
Professora Josefina Steiner steiner@mbox1.ufsc.br / 48 3721- 6509
Professor Benedito Cortes Lopes / bclopes@ccb.ufsc.br / (48) 37215518
(Letícia Arcoverde, Agecom, 16/10/2008)