Crise financeira internacional diminui confiança dos industriais catarinenses

Crise financeira internacional diminui confiança dos industriais catarinenses

A crise financeira internacional, que teve início nos Estados Unidos e já atinge todo o mundo, foi a principal causa para a redução da confiança do empresário industrial catarinense, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (21) pela Federação das Indústrias (FIESC). Em pesquisa realizada pela entidade entre os dias 30 de setembro e 20 de outubro junto a 97 indústrias do estado, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Santa Catarina ficou em 50,7 pontos. O índice é o menor registrado desde julho de 2005 e ficou bem abaixo do medido em junho, que ficou em 58,5 pontos.

O ICEI é calculado a partir da opinião dos executivos sobre as condições atuais da economia brasileira e da empresa e expectativas para os próximos seis meses. O resultado varia no intervalo de 0 a 100. Acima de 50 indica confiança e abaixo, falta de confiança na economia.

O recuo do indicador de expectativas foi o que causou maior impacto no índice geral, já que declinou de 61,8 pontos em julho para 51,3 pontos em outubro. A avaliação das condições atuais da economia passou de 52,0 pontos para 49,7 pontos na mesma comparação. O ICEI nacional passou de 58,1 pontos em julho para 52,5 em outubro.

Para o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, o levantamento mostra que a crise já está sendo sentida pelas indústrias, mas o pior é o temor de uma desaceleração futura. “Para este ano o crescimento da economia brasileira já está garantido. No entanto, a falta de crédito para as indústrias, principalmente as exportadoras, e a desaceleração das economia dos países desenvolvidos pode ter um forte impacto nas nossas indústrias em 2009”, afirmou.

A elevada carga tributária continua sendo apontada como um dos maiores problemas para as indústrias. As companhias de grande porte destacaram também a taxa de câmbio e os juros elevados como fatores prejudiciais aos negócios. As pequenas citaram a competição acirrada de mercado e a falta de trabalhador qualificado. Outro fator indicado foi o alto custo das matérias-primas.

(Fiesc, Adjori/SC, 22/10/2008)