29 set Quais suas sugestões para reduzir os congestionamentos urbanos?
Carta escrita por Roberto Cardoso, São Francisco do Sul (DC, 29/09/2008)
A insana proliferação de automóveis e seu uso irracional têm origem nas primeiras décadas do século 20, quando a nascente indústria automobilística se uniu à do petróleo, nos Estados Unidos, para boicotar o transporte ferroviário e de bondes, que era então largamente utilizado nas cidades norte-americanas com grande sucesso. Acabaram até com os ônibus elétricos, tudo para elevar o número de consumidores de automóveis e de gasolina. Portanto, precisamos voltar àqueles tempos, naturalmente aplicando-se novas tecnologias. Devemos priorizar meios de transporte como metrôs de superfície e multiplicar as ciclovias. E reordenar nossas cidades, descentralizando serviços, multiplicando-os pelos bairros.
Carta escrita por Vicente Gabriele Pascale, Aposentado – Florianópolis
A minha sugestão é criar estacionamentos públicos gratuitos de grande capacidade em toda a periferia da cidade. Instalar uma linha de ônibus circular que trafegará pela periferia levando os passageiros ao Centro. Proibir o tráfego de veículos nas ruas centrais da cidade, com algumas exceções, como para carga e descarga em horas determinadas e para qualquer veículo com qualquer tipo de emergência. Criar novas linhas de transportes, marítimo ou por aeromóvel. Levará dois anos para executar mas soluciona.
Carta escrita por José Reinoldo Rosenbrock, Jornalista – Timbó
É preciso que os novos loteamentos só sejam aprovados se seus projetos contemplarem ruas e avenidas mais largas que as existentes hoje. O mesmo deve acontecer com relação a projetos de pontes, pois em muitos locais as pontes atuais – com uma pista para cada lado – acabam funcionando como verdadeiros gargalos para o trânsito. As novas pontes em áreas urbanas precisam ter no mínimo duas pistas para cada sentido de fluxo de trânsito.
Carta escrita por Adélcio de Oliveira – Florianópolis
Horários alternados de atendimento dos órgãos públicos municipais e estaduais, implantação do metrô de superfície e do transporte marítimo.
Carta escrita por Raul Frâncio – São José
Deveria ser introduzido o sistema vigente em São Paulo (SP), com rodízio de veículos. Carros com placas pares e ímpares vão se alternando no trânsito. Assim cada veículo circula dia sim, dia não.
Carta escrita por Helga Szmuk, Aposentada – Florianópolis
Uma faixa preferencial para veículos que transportem mais de um passageiro. Assim as pessoas vão aprender a dividir tempo e dinheiro. Com os carros transportando mais pessoas, será preciso um número menor deles nas ruas, o que reduzirá os índices de poluição, os gastos particulares com combustível e o tempo despendido nos diversos percursos realizados nas cidades.
Carta escrita por Agenor Mocellin – Maravilha
Parece coisa para a gente rir mas, apesar da tranqüilidade que é Maravilha (município do Extremo-Oeste do Estado, com pouco mais de 18 mil habitantes), as políticas de trânsito são feitas para pegar bobo nas lombadas eletrônicas e semáforos com pardais. O que precisamos aqui é de mais ruas asfaltadas, para que o cidadão tenha opções de trafegar, ainda que por caminhos mais longos, e chegar ao seu destino desejado. O pior é que é sério.
Carta escrita por Sérgio Vieira – Florianópolis
Deveriam fazer um metrô, subterrâneo ou de superfície. Estive em Paris, e percebi que se trata de um meio de transporte muito eficiente. Deveríamos ter uma linha ligando o extremo norte ao extremo sul da Ilha, isso seria perfeito. Esses ônibus que trafegam por aí são poluentes e antiquados. Creio que temos orçamento para realizar um projeto desses, porém é preciso desmantelar o cartel das empresas de ônibus.
Carta escrita por Ricardo Arruda – Florianópolis
Por que não adotar rodízio de carros na Capital?
Carta escrita por Zilmar Cabral – Florianópolis
No caso de Florianópolis, transferir as administrações estadual e municipal para o Continente. Por que essas repartições todas precisam ficar na Ilha? Também acho que deveriam transferir para a área continental a rodoviária e grandes empresas públicas, como a Celesc, Eletrosul e outras. Do mesmo modo, creio que é importantíssimo para o planejamento urbano que prédios futuros de instituições públicas sejam construídos fora da Ilha.
Carta escrita por Valfredo Scheidt, Jaraguá do Sul
O modelo atual em minha cidade, Jaraguá do Sul, está centrado em um ponto: semáforo. Porque a administração atual não dá a devida importância para esse problema e, quando faz alguma coisa, o faz erroneamente. Algumas idéias: anel viário, redução de semáforo, retirar canteiros do meio de avenidas e ruas. São medidas simples que não passam pela mente das pessoas, porque não perceberam que as soluções devem ser grandes e não políticas e comerciais.
Carta escrita por Gerson Franco da Silva, Florianópolis
Medidas simples e de grande impacto: nenhum veículo poderia circular nas áreas centrais com somente uma pessoa no seu interior; melhoria no transporte coletivo, com implantação de baixas tarifas e de alternativas como o metrô para deslocamento ao trabalho e retorno para casa. É preciso criar estacionamentos seguros para os carros nas áreas de embarque dos meios de transporte de massa.
Carta escrita por Alexandre Antunes – São José
Acredito que o problema seria bastante atenuado com a desconcentração dos serviços públicos na Ilha de Santa Catarina, com a migração de setores da administração pública para áreas que ofereçam maior possibilidade viária e menor contingente de veículos.
Carta escrita por Jairo Pessoa Guimarães, Tubarão
Sem qualquer dúvida, os automóveis ainda estão em alta. No entanto, o número deverá aumentar muito ainda nos próximos anos, ou seja, se o problema já é sério agora, será muito maior em pouco tempo. Precisamos investir no transporte público e dificultar o acesso de carros particulares nas áreas centrais da cidade. Precisamos de mais linhas de ônibus, e estes devem ser menores e mais versáteis, assim como precisamos de roteiros circulares.