17 set Megaoperação para evitar novo blecaute
Celesc pretende afastar riscos de apagão, como o que ocorreu em 2003, afetando a rotina da Capital
A operação é calculada. A cada seis minutos o helicóptero levanta e sobrevoa a mata do Ribeirão da Ilha, um dos mais tranqüilos recantos da Ilha de Santa Catarina. Por dia são cerca de cem idas e vindas, às vezes suspensas temporariamente por causa das rajadas de vento. A aeronave iça, por vez, 320 quilos de brita e de areia. O material serve para a construção das bases que vão sustentar as torres da linha de transmissão de energia entre as subestações de Biguaçu e de Desterro.
Com isso, a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) espera afastar os riscos de blecaute já no próximo verão e episódios como do apagão, em 2003, que deixou Florianópolis às escuras.
Ao todo são 55 quilômetros de extensão, incluindo quatro de cabos submarinos, entre Palhoça (Ponta da Enseada) e Caiacanga-açu, Sul da Ilha. A previsão da Eletrosul é que a obra, incluída no Pacote de Aceleração do Crescimento (PAC) e orçada em R$ 172 milhões, esteja pronta em novembro.
O trabalho começou em agosto, depois da liberação dos órgãos ambientais. Com o reforço do sistema elétrico, a Ilha de Santa Catarina estará interligada ao Sistema Nacional. A estimativa é de que 1 milhão de pessoas sejam beneficiadas.
O empreendimento, explica o engenheiro Ivanildo Nunes de Albuquerque Júnior, inclui a construção de duas novas subestações (Biguaçu, no município de mesmo nome, e Desterro, no Campeche, Sul da Ilha), além da ampliação da Subestação Palhoça e a construção de duas linhas de transmissão.
(DC, 17/09/2008)