11 set Defeito em filtros de captação da Casan pode ter provocado excesso de alumínio na água
Empresa comunicou ao Ministério Público que encontrou problemas no equipamento
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) anunciou na tarde desta quarta-feira que descobriu problemas em dois filtros de captação que podem ter sido o motivo do excesso de alumínio na água detectado em cinco pontos de Florianópolis.
Os representantes da empresa também relataram em reunião com o Ministério Público (MPSC) que uma extração de areia irregular às margens do Rio Cubatão, na Grande Florianópolis, estaria dificultando o tratamento da água e obrigando uma maior adição de sulfato de alumínio. A extração está sendo apurada em inquérito policial, de acordo com informações repassadas pelo MPSC.
Até que o reparo nos filtros seja feito, o que deve durar cerca de três meses, a Casan se comprometeu a trocar o sulfato de alumínio pelo sulfato férrico. Os técnicos ressaltaram ainda que o índice de alumínio detectado, mesmo fora dos padrões, não provoca doenças.
Análise
Em coleta realizada na terça-feira, dois dos cinco pontos analisados já apresentaram alumínio dentro dos índices permitidos. Novas análises serão feitas na semana que vem.
Como o Laboratório Central do Estado (Lacen) não tem mais kits para fazer a análise da água, a Casan também vai custear exames diários nos mesmos locais.
Os testes deverão ser feitos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e a coleta, por técnicos da Vigilância Sanitária Estadual. Uma nova reunião entre Casan e MPSC foi marcada para 22 de setembro.
(DC, 11/09/2008)