11 set Casan trocará filtros de estação
Substituição deve reduzir nível de alumínio
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) identificou problemas em dois dos 12 filtros utilizados na purificação da água na Estação de Tratamento do Rio Pilões, em Palhoça, na Grande Florianópolis. A alteração nos filtros pode ser a causa do excesso de alumínio no líquido, constatado em exames realizados em pontos da região central da Ilha de Santa Catarina.
Os dois filtros serão trocados em até três meses. A decisão foi tomada ontem em reunião entre Ministério Público, Vigilância Sanitária e Casan, após exames laboratoriais comprovarem que o índice de alumínio na água da Capital está acima dos 0,2 miligrama por litro estabelecidos por lei.
Enquanto a regularização nos filtros não ocorre, a Casan trocará o sulfato de alumínio (utilizado na purificação da água) por sulfato de ferro. O promotor do Ministério Público Fábio Trajano diz que não será necessário adotar medidas mais drásticas, já que o excesso da substância no valor apresentado não “traz riscos à população”.
Assim como vem ocorrendo nos últimos três dias, exames laboratoriais serão realizados durante toda a próxima semana para monitorar a quantidade de alumínio presente na água. O laudo das análises de terça-feira indicam alteração na água de dois, dos cinco, pontos de coleta. Na segunda-feira, o exame indicou a presença de alumínio em quantidades que variam de 0,33 a 0,5 miligrama por litro.
O excesso do metal não alterou os hábitos dos consumidores, porque muitos já evitam a água da torneira. Edir Duarte, auxiliar de enfermagem, só bebe água mineral desde que sua filha nasceu, há sete anos.
A água comprada da Casan (por, pelo menos, R$ 21,44 mensais – que dão direito à quantidade de 10 metros cúbico) é consumida apenas na higiene e na cozinha. A vendedora Sandra Ferraz também só toma água mineral:
– Não há condições de beber água da torneira, ela dá dor de barriga.
(DC, 11/09/2008)