01 ago Saneamento
Da coluna de Opinião (DC, 01/08/2008)
Perigosa e humilhante são adjetivos adequados para caracterizar a situação de Santa Catarina em matéria de saneamento básico. Com apenas 8% de sua população atendida por esse serviço público de vital importância à saúde pública e à qualidade de vida da população, na contramão de todos os demais índices sócio-ambientais que exibe, neste particular o Estado, no país, só perde para o Piauí, e, no mundo, ombreia com alguns dos mais atrasados países africanos. Merece, portanto, registro e comemoração a notícia de que o banco japonês de cooperação internacional aprovou financiamento de US$ 390 milhões ao estado para obras de saneamento básico em sete cidades ao longo do Litoral: além da Capital, Penha, Barra Velha, Porto Belo, Bombinhas, Piçarras e Barra do Sul. Este financiamento, somado aos investimentos orçamentários federais e estaduais, poderá multiplicar por dez a atual cobertura de saneamento básico, que saltaria dos humilhantes 8% para cerca de 80%, índice de países desenvolvidos, como Espanha e Portugal. Depois de negociações iniciadas em 2004, o contrato de financiamento deverá ser assinado, até o final deste ano, em Tóquio.