28 ago Na rota do turismo global
O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, assinou na terça-feira, na cidade alemã de Munique, juntamente com representantes da Embratur e do Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), um protocolo de intenções para que Florianópolis venha a sediar a Cúpula Mundial de Turismo em 2009. O evento, realizado tradicionalmente na América do Norte, costuma reunir cerca de 1,5 mil especialistas mundiais em turismo, e, uma vez que a Capital catarinense seja confirmada, certamente contribuirá para desenvolver esta que é uma vocação do Estado. No mês que vem, entre os dias 15 e 19, funcionários do WTTC estarão na Capital para conhecer as instalações que a cidade oferece. De fato, não apenas Florianópolis mas todo o Estado possuem atrativos mais do que suficientes para satisfazer viajantes de quaisquer quadrantes. Falta-nos, porém, maior divulgação do nosso patrimônio e, é forçoso reconhecer, é preciso ainda trilhar um longo caminho para que a indústria turística nacional possa equiparar-se aos principais destinos do globo. Justamente por isso – pela oportunidade de se aprender com quem detém know-how e de se poder exibir as potencialidades catarinenses perante os que operam o turismo mundial – , justo por isso é que a realização da Cúpula 2009 na Ilha de Santa Catarina é de enorme valia para a Capital, o Estado e o país.
O turismo é dos setores que mais crescem no mundo e dos que mais proporcionam retorno aos países que o exploram. Desde que bem planejado, desenvolvido de modo integrado pelos poderes públicos e iniciativa privada, e segundo critérios que respeitem o meio ambiente e levem em conta o fato de que a infra-estrutura instalada deve satisfazer não só os visitantes mas, e principalmente, os próprios moradores dos pólos turísticos. Em outras palavras: para que possamos dispor de uma indústria turística de ponta, capaz de competir internacionalmente com potências do setor, é fundamental que sejam encontradas soluções para alguns problemas crônicos do Brasil. Entre eles os serviços públicos de segurança e saúde, a infra-estrutura de transportes, saneamento básico e de energia e a escassez de mão-de-obra qualificada.
(DC, 28/08/2008)