15 ago Fiesc: causas populares
Da coluna de Moacir Pereira (DC, 15/08/2008)
Empresário Alcantaro Corrêa encerra, hoje, a sua primeira gestão na presidência da Federação das Indústrias de Santa Catarina, e, ato contínuo, assume outro mandato de três anos com um diferencial marcante: a nova postura política da Fiesc, desfraldando bandeiras legítimas de interesse do setor industrial identificadas com as aspirações da população. Exemplos concretos: a luta permanente, em Brasília, pela preservação das verbas milionárias que estão viabilizando a duplicação da BR-101, as repetidas investidas pela melhoria da infra-estrutura, a defesa constante do treinamento profissional como mecanismo eficaz para a absorção de mão-de-obra e aumento da renda, e a defesa da sustentabilidade, que implica uma nova consciência dos industriais em torno das questões ambientais.
Alcantaro Corrêa tem um estilo singular de comandar a federação mais importante de Santa Catarina. É rigoroso nos horários. Objetivo e franco, não se deixa enrolar pelos políticos. Em nome da corporação e dos interesses do Estado, se for necessário, parte para a ofensiva. Encampou a campanha contra a prorrogação da CPMF, mandou colocar um enorme painel com os nomes de todos os senadores e deputados federais que votaram contra o interesse público. Mas não fechou as portas. A senadora Ideli Salvatti, por exemplo, entrou na polêmica lista, o que não impediu que a aliada de todas as horas tivesse, depois, retomados os contatos e as parcerias de projetos da Fiesc e do Estado.
A mobilização política foi também inovadora. Criou o Fórum Industrial e Parlamentar do Sul, que se transformou em novo espaço para a cobrança dos repasses federais para Santa Catarina, sempre com dados concretos de verbas orçadas e recursos efetivamente aplicados.