31 jul Vale a pena apostar na Copa de 2014
Sediar jogos de uma Copa do Mundo, como almeja Florianópolis em 2014, é uma oportunidade para o desenvolvimento da cidade, indicou Jean-Claude-Baumbargen.
Ele explicou que, ao contrário dos Jogos Olímpicos, que colocam a cidade no centro do mundo por três semanas e criam uma “ressaca” turística logo depois, a Copa do Mundo propicia viagens internas pelo país-sede. Além disso, as obras de infra-estrutura são integradas às necessidades da população de modo a continuarem úteis ao mercado interno após sua realização.
O turismo também deve contribuir para a inclusão social, por meio da criação de empregos, destacou. No lado do setor público, ele explicou que as escolas têm papel fundamental para formar mão-de-obra e preparar pessoas para servir em restaurantes ou como guias, entre outros serviços.
– O turismo é o tipo de negócio em que pessoas servem pessoas. É preciso ensinar que servir é muito importante e que não é algo degradante.
Baumgarten ressaltou a importância da promoção da gastronomia local. Ele indicou que as regionalidades da culinária têm sido grandes fatores de atração de turistas.
– O inimigo da gastronomia é a padronização, o amigo são os sabores locais.
Ele indicou ainda que aeroportos, hotéis e centros de convenções de grande capacidade são necessidades básicas para a promoção do turismo de eventos. Além disso, é preciso proporcionar espaços menores para negociações individuais.
Sobre o segmento de parques temáticos, o presidente do WTTC defendeu que investimentos de grande porte como esses tenham tratamento especial por atrair diversos outros. Este nicho vive momento em expansão por atrair o ascendente turismo familiar.
Direto ao ponto
Inicialmente, a apresentação do presidente do WTTC estava prevista para durar 20 minutos. Mas Jean-Claude Baumgarten utilizou apenas oito minutos do seu tempo para fazer um breve e objetivo relato sobre a indústria do turismo no mundo, com excelentes comparativos e exemplos. Além de não ter se tornado maçante, garantiu mais tempo para os debates, ponto alto do Painel RBS.
Conversa fantástica
Baumgarten afirmou ter ficado muito feliz com nível de discussão alcançado no debate. Ele disse que estava preocupado com o encontro porque temia que o assunto tomasse a direção de pequenas questões locais, sobre as quais poderia não ter muito conhecimento. Mas, ao final do evento, definiu o debate como uma fantástica conversa.
(DC, 31/07/2008)