03 jul Plano Diretor
Artigo de Gabriel Kazapi — advogado e coordenador do Grupo Floripa Sempre Jovem (DC, 03/07/08)
Não resta dúvida de que um plano diretor homogêneo e linear deve ser cotejado e lançado à aprovação da cidade, sendo que este, após aprovado, deve guardar a maior dureza possível no que diz respeito à proposição de mudanças, para que a sociedade saiba: aqui cabe tal investimento, lá cabe outro.
Obviamente, vivemos em uma cidade cujo ecossistema é frágil. Belo, porém frágil. Neste diapasão, o meio ambiente é preocupação de todos, devendo ser elevado à condição de princípio e não mais de bandeira política para oportunistas de plantão. É preciso pautar as políticas públicas segundo os preceitos do desenvolvimento sustentável.
Neste sentido, o Plano Diretor de Florianópolis deve ser entendido como a carta que delimitará nossa forma de crescimento. De um lado precisamos dar guarida aos nossos recursos naturais e preservá-los. De outro, porém, necessitamos vencer nossa síndrome de provincianismo e ousar fazer desta cidade um local seguro para investimentos, a fim de que aqui se crie ambiência de oportunidades para todos.
Por isso, nós florianopolitanos, de berço ou por opção, devemos ter a coragem de empunhar um único discurso, uma homogênea bandeira, a de que nossa cidade quer ter regras definidas para quem aqui quer investir.
Nosso Plano Diretor, além de dar o norte sobre o quanto e como cresceremos, tem de fazer da preservação algo economicamente viável. Assim, cabe a nós, nesse ano eleitoral, optar e decidir sobre que cidade de fato almejamos.