11 jun Recife/PE e João Pessoa/PB poderão reciclar CFC
Recife e João Pessoa – que juntas, têm uma frota de aproximadamente 360 mil automóveis – passaram a contar com máquinas que permitem fazer manutenção de ar-condicionado automotivo sem liberar na atmosfera os gases de refrigeração, os CFC. Essas substâncias, presentes apenas em veículos com mais de dez anos de fabricação, destroem a camada de ozônio, o que agrava a intensidade dos raios solares e aumenta problemas de pele.
Doadas por um programa do PNUD e do Ministério do Meio Ambiente a empresas de manutenção, essas máquinas coletam e reciclam o CFC. A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Eliminação de CFCs, que envolve US$ 26 milhões de um fundo internacional do Protocolo de Montreal. Foram 13 máquinas, doadas a três empresas de João Pessoa e dez do Recife durante o evento de entrega, em 26 de maio, no Recife. No encontro, cerca de 20 técnicos de manutenção receberam treinamento do PNUD para utilizarem os equipamentos de forma correta e participaram de oficinas de conscientização sobre preservação do meio ambiente.
As máquinas são usadas na manutenção de aparelhos de ar-condicionado de carros fabricados até 1997, quando foi proibida a produção dos gases CFC no Brasil. Elas trabalham especificamente com o CFC-12, um tipo de CFC (clorofluorcarbono) usado em refrigeração. Recolhem o gás, reciclam-no e devolvem-no ao aparelho. Além de garantirem o reaproveitamento do CFC-12, as máquinas impedem que haja vazamentos para a atmosfera durante a manutenção.
Os equipamentos ficam com as empresas por três anos. Se nesse período elas enviarem para o programa um relatório mensal de acompanhamento das atividades, detalhando a quantidade de gás coletado e reciclado e as normas de segurança adotadas, ficarão permanentemente com as máquinas.
Desde 2005, o programa brasileiro já doou 360 máquinas e treinou cerca de 500 profissionais de 17 Estados. Outras 2 mil máquinas foram dadas a empresas que trabalham com manutenção de refrigeradores. “Com a doação dos equipamentos foi possível reduzir o consumo das substâncias destruidoras e aumentar o seu tempo de utilização”, diz a responsável no PNUD pela distribuição dos equipamentos, Ana Cristina Ferrão.
(Fonte: PrimaPagina/PNUD)
(Ambiente Brasil, 11/06/08)