13 maio Projeto Criança Cidadã auxilia crianças carentes da Serrinha
Transformar a sociedade é o sonho; a fraternidade e a fé em Cristo, o caminho. Essa é a filosofia do Grupo de Oração Universitário (GOU) para o projeto Criança Cidadã. O trabalho social é realizado na Casa São José, na Serrinha, entidade assistida pela paróquia da Trindade, e é aberto à comunidade.
O projeto é desenvolvido pela psicopedagoga Eda Fossati em conjunto com universitários de diversas áreas de formação. Tem como objetivo principal fazer a ponte entre universidade e bairros carentes próximos à UFSC, despertando nos universitários o espírito de solidariedade e atendendo às crianças carentes, contribuindo com sua formação. Além disso, o Criança Cidadã visa promover o desenvolvimento da cidadania através do auto-conhecimento e da participação junto à família, escola e comunidade. A Equipe de Ação Social dos GOUs visa também à evangelização por meio de exemplos e obras concretas, buscando proporcionar um desenvolvimento social sustentável na comunidade local.
Para isso, o GOU, responsável pelo projeto, desenvolve atividades de uma hora semanal, aplicando métodos de ludopedagogia, a aprendizagem através de brincadeiras, que instigam a criança a pensar. São abordados diversos aspectos de valores humanos, familiares, cidadãos e cristãos. Apesar de ser uma iniciativa do Grupo de Oração Universitário, o projeto é aberto a todas as crenças, buscando o objetivo maior de unidade pela luta por direitos iguais e restauração dos valores humanos.
Atualmente, o projeto não conta com o auxílio de psicopedagoga. O Criança Cidadã tem cerca de 20 voluntários, mas já esteve ameaçado de parar por falta de pessoas que se dispusessem a ajudar. “Ano passado éramos só três voluntárias”, conta Tatiane Maranhão, doutoranda em Química e participante do projeto. “Se continuasse assim, não seria possível dar andamento ao trabalho”. O projeto conta ainda com auxílio financeiro da prefeitura, mas passa por algumas dificuldades. “Sofremos principalmente com a falta de doações e de uma psicopedagoga agora”, lamenta Karina Donadel, outra participante do projeto, doutoranda em Engenharia de Materiais.
Apesar dos contratempos que encontram, o convívio com as crianças também traz experiência aos voluntários. “Conseguimos identificar só com um olhar as crianças que trazem problemas”, diz Tatiane. “Mas o trabalho é recompensador, porque sentimos a mudança das crianças ao longo do ano”, concluem as voluntárias.
Implantado desde 2003, o projeto Criança Cidadã atende hoje 120 crianças carentes na faixa dos seis aos dez anos. A maior parte das crianças pertence ao bairro Serrinha, e as demais são provindas de bairros próximos.
A equipe faz atividades nas quartas-feiras, das 8h30 às 9h30 e das 13h30 às 14h30. O grupo ainda se reúne às segundas-feiras, às 12h15, na sala Henrique da Silva Fontes, na Biblioteca Universitária (BU) para a programação das atividades.
Mais informações pelo e-mail natirudorff@yahoo.com.br com Natália.
(Jéssica Lipinski, Agecom, 13/05/08)