Energia eólica, solar e biomassa precisam de investimento no Brasil

Energia eólica, solar e biomassa precisam de investimento no Brasil

Na opinião de Carlos Alberto dos Reis, presidente em exercício do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp), fontes renováveis de energia são alternativas para a sobrecarga no sistema e os problemas ambientais.
Após constatados os sérios problemas ecológicos que o planeta vem sofrendo, foram estabelecidas diversas alternativas de atenuar os efeitos da devastação, da poluição e do esgotamento das fontes de energia, como a elétrica, cujo potencial de geração está cada vez mais reduzido em diversos países. No Brasil, o crescimento econômico de cerca de 5% ao ano passou de situação admirável para preocupante.
Com esse nível de expansão do PIB, a população passou a comprar mais, fator que se refletiu no consumo de energia. Sem fontes novas, o atual sistema está sobrecarregado e precisa de investimentos. Construir mais hidrelétricas seria a solução para o atendimento da demanda, mas além do impacto ambiental ser grande, há o longo período de implantação.
Alternativa viável é o aumento da utilização de outras energias renováveis, como a eólica, solar e a biomassa, propõe Carlos Alberto dos Reis, presidente em exercício do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp). “O Brasil é um dos países com mais recursos naturais para produzir energias renováveis. Porém, faltam empresas para investir nesse segmento”.
De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o País produz apenas 247 MW de energia eólica, mas tem capacidade para até 30 mil MW. A Alemanha, Dinamarca e União Européia já utilizam essa fonte, que representa 10% do total gerado em cada região. “Devemos seguir o mesmo exemplo dos europeus”.
A biomassa é outra alternativa que, na opinião de Carlos Alberto, precisa ser melhor explorada. “A bionergia, como chamamos, é mais barata, renovável, permite o reaproveitamento dos resíduos e é bem menos poluente do que o carvão e o petróleo.” Sobre a energia solar, o sindicalista explica que a única desvantagem é o alto custo, mas se empresas investissem em equipamentos populares, com certeza o Brasil economizaria grande parte da fonte hidroelétrica, que representa 75% de toda a eletricidade gerada no País.
Fonte: Sindicato dos Eletricitários de São Paulo
(Carbono Brasil, 13/05/08)