Governo libera venda de ostras produzidas em parte do Estado de SC

Governo libera venda de ostras produzidas em parte do Estado de SC

Portaria da Seap (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca), do governo federal, liberou a coleta, colheita e comercialização de ostras de Florianópolis (SC).
A comercialização estava proibida desde a última segunda-feira (07/04) devido à ocorrência da maré vermelha — fenômeno que consiste na proliferação de algas que emitem toxinas.
A portaria, que já está valendo e será publicada amanhã (11/04) no “Diário Oficial” da União, também liberou a venda das ostras de São José e de Palhoça, com exceção da região da ponta do Papagaio.
A venda de mexilhões das baías sul e norte de Florianópolis e de Bombinhas está proibida.
Entre os dias 2 e 3 deste mês, 12 casos de intoxicação alimentar pelos moluscos foram registrados em Florianópolis.
Santa Catarina responde por cerca de 90% da produção brasileira de ostras e mexilhões cultivados.
Maré vermelha
As ostras e os mexilhões retêm as toxinas produzidas pelas algas causadoras da maré vermelha. “Eles filtram a água do mar”, explica Antônio Anselmo Granzotto de Campos, da Secretaria Municipal de Saúde. Quando consumida pelo homem, a carne infectada das ostras e dos mexilhões pode provocar intoxicação alimentar.
O fenômeno não é cíclico. Em 2007, foi detectado no litoral de Santa Catarina em janeiro e em setembro.
Fatores como a elevação de temperatura no mar, acúmulo de matéria orgânica (lixo e detritos) ou mesmo circulação das correntes marítimas podem provocar a maré vermelha. De acordo com Granzotto, a hipótese do acúmulo de lixo está descartada.
(Folha de São Paulo, 10/04/08)