Bolsa ecológica é ‘jóia’ para presente

Bolsa ecológica é ‘jóia’ para presente

Natural para os europeus, principalmente, a sacola ecológica para compras em supermercados começa a ganhar produção e visibilidade em Goiânia (GO). Segundo a artesã Jussara Leite, especialista no feitio de patchwork (cortar e emendar tecidos), a bolsa de pano (100% algodão) que vira sacola para compras é a mais nova opção de presente para os seus clientes.

“A bolsa ecológica faz sucesso entre os compradores, pois surpreende o presenteado”, afirma Jussara, lembrando que o objeto é vendido como se fosse uma bolsa feminina, virando a sacola para compras, com três compartimentos, por meio de um simples desabotoar. Levando meio-dia de trabalho para deixar pronta a bolsa, a artesã vende o produto por R$ 50,00.

Ligada à Célula Goiana de Arte e Artesanato, integrada ao Projeto Metrópole, do Sebrae em Goiás, Jussara é participante assídua do Bazar Terra Goiana Arte & Artesanato, evento que, segundo ela, deve acontecer 15 vezes este ano. “Sempre participo do Bazar, pois ele dá projeção e suporte de vendas para seus integrantes.”

Tendo em seu menu de produção cerca de 20 tipos de objetos confeccionados com a técnica de patchwork, Jussara afirma que o dinheiro das vendas de seus produtos ajuda nas despesas costumeiras de casa, como o pagamento de contas de água, luz e supermercado, mas, segundo ela, “o prazer da arte compensa o lado financeiro, ainda aquém das possibilidades, da nossa capacidade.”

Adeus, sacolinha!

Em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, o abandono das sacolinhas de plástico acontece com mais freqüência e velocidade, sendo que campanhas publicitárias e até multas são criadas para incentivar alternativas ecológicas às usuais sacolinhas de supermercado, estimadas em um trilhão de unidades produzidas em todo o mundo por ano.

A Irlanda é pioneira no controle do uso indiscriminado do plástico. Em 2001, a população irlandesa (atualmente estimada em 4,7 milhões de habitantes) consumia 1,2 bilhão de sacolas plásticas, mas logo depois do governo local cobrar imposto sobre cada sacola consumida, valendo, na época, US$ 0,15, o consumo teve redução de 90%. Já na Holanda, as redes de supermercado apostam em sacolas feitas com um plástico mais resistente, reutilizável, vendidas por R$ 0,60, em média.

(José Antônio Cardoso, Agência Sebrae de Notícias, 31/03/08)