09 abr Biocombustível Verde
Artigo de Wilson Luiz Bonalume — doutor em Ciências Ambientais (Portal do Meio Ambiente, 09/04/08)
O usuário de combustíveis está começando a se acostumar com as novidades surgidas no campo dos transportes e comunicação automobilísticas, notadamente os denominados “verdes”, que respondem pelo nome de etanol e biodiesel – dentre outros.
E por que combustíveis verdes?
Ocorre que eles são fabricados com a utilização de ÓLEOS VEGETAIS, que são oriundos de mais de uma centena de plantas, arbustos, flores, sementes, frutos e demais componentes da área vegetal.
Mas, abstraindo a grande quantidade de elementos verdes para a produção do ÓLEO VEGETAL, vamos concentrar nossa atenção nos poucos exemplares que, no momento, são empregados na confecção do óleo para sua utilização no ETANOL e BIODIESEL.
O ETANOL brasileiro é conhecido como caldo da cana de açúcar e utilizado na combustão dos veículos movidos a álcool. Sua principal vantagem é que a descarga de CO2 pelos canos de descarga é menor que a produzida pela gasolina ou diesel.
Nos Estados Unidos da América o etanol é produzido pelo milho, com menos vantagem do que a cana.
Assim, os vegetais mais utilizados na preparação do “óleo verde” são:
A cana de açúcar vem na primeira colocação. A seguir aparece a soja, girassol e mamona (no Brasil), o trigo e milho (no Canadá), cana e melaço (na Índia), cana e óleo de palma (na Colômbia), mandioca (na China) e milho e futuramente celulose (nos Estados Unidos da América). Nos Estados Unidos da América o etanol é produzido pelo milho, com menos vantagem do que a cana.
Aliás o hectare (10000 metros) de cana pode produzir 7500 litros de álcool enquanto o milho, na mesma área só confecciona 3000 litros. Alem do mais, o BAGAÇO da cana é queimado nas caldeiras, produzindo energia equivalente às grandes hidrelétricas e protegendo o ambiente, seu melhor efeito!
Os norte americanos estão fazendo testes com a CELULOSE, para futura produção de álcool e etanol.
A vantagem dessa fibra vegetal é que poderá ser colhida em grande variedade de plantas.
Sua implantação criou a ÁLCOOL QUÍMICA e estão estudando a fabricação de tubos de PVC e plástico de etanol que é biodegradável. Os vegetais utilizados para a fabricação do óleo verde não devem ser de fonte alimentar. Por isso desaconselhamos o emprego da soja e milho que são utilizados na alimentação humana e de animais.
A propósito, os norte americanos empregando milho para a produção de etanol, já estão provocando a “gritaria” dos criadores de galinhas e dos suinocultores pela falta deste referido cereal.
Por tal motivo o presidente Bush esteve no Brasil para aprender como se faz álcool de cana… E nós estamos ensinando ao maior país do mundo como se soluciona o problema…
Em breve, teremos também a utilização do HIDROGÊNIO e de eletricidade e da energia eólica (dos ventos) para a produção de energia em dosagem maior do que está sendo feita hoje.
“ As plantas tropicais oferecem mais quantidade de biomassa do que as plantas de regiões temperadas. Até essa vantagem a natureza deu ao Brasil na corrida pelo combustível do futuro!” na excelente opinião de Luiz Augusto Horta Nogueira (Revista Veja de março de 2008).
O Brasil está na dianteira na produção de Etanol, e como disse o presidente Lula: “O AVANÇO DO ETANOL É IRREVERSÍVEL” (oesp 04/05/2007).