Termina a greve dos professores

Termina a greve dos professores

Após 14 dias de paralisação, os professores da rede estadual de ensino encerraram a greve. Os principais motivos foram a baixa adesão e a falta de abertura do governo para negociar. A decisão foi tomada na tarde de ontem por cerca de 1,5 mil professores, em assembléia no Clube 12 de Agosto, em Florianópolis. As aulas serão retomadas segunda-feira (24/03).
Apesar de voltarem ao trabalho, os professores decidiram não recuperar as aulas perdidas caso o governo mantenha a decisão de descontar os dias parados. A Secretaria de Educação garante que vai descontar.
Em relação à medida provisória que cria o Prêmio Educar, o sindicato vai encaminhar à Assembléia Legislativa um substitutivo para que o governo use os R$ 7 milhões que seriam necessários para pagar o prêmio para dois reajustes de 4%: um em março e outro em agosto. Os reajustes contemplariam toda a categoria.
O cancelamento do Prêmio Educar, que propõe o pagamento de R$ 200,00 só aos professores que estão em sala de aula, era a principal reivindicação. Os docentes pediam a incorporação do abono de R$ 100,00 ao vencimento, mais reajuste de 6,7% sobre o piso. A MP que cria o prêmio foi assinada pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) no 8º dia de greve e tramita na Assembléia.
O comando de greve já havia se reunido pela manhã e decidido pela suspensão do movimento. Mas a decisão precisou ser aprovada em assembléia. E foi apertada. Cerca de 40% dos presentes ergueram a mão para manter a greve.
Na assembléia, as falas se referiam a lutas futuras e à continuação das negociações. Coordenadores do Sinte disseram que a decisão de deflagrar a greve no dia 5 de março foi correta, mas que o movimento não cresceu como o esperado.
Após a votação, os professores realizaram uma passeata até a Secretaria de Educação e pediram uma audiência com o secretário de Educação, Paulo Bauer, até a próxima quarta-feira (26/03).
(A Notícia, 20/03/08)