30 jan UFSC recorre à Justiça para manter cotas
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) entrou nesta terça-feira (29/01) com um agravo de instrumento no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, em Porto Alegre, tentando a suspensão da liminar que acaba com o sistema de cotas na universidade.
No dia 18 de janeiro, o juiz federal Gustavo Dias de Barcellos determinou que a UFSC deveria matricular todos os alunos que alcançaram a pontuação mínima exigida para a classificação em cada curso, ignorando-se a preferência concedida a negros, indígenas e egressos da escola pública pelo sistema de cotas. Agora, o caso foi para o TRF de Porto Alegre, que não tem prazo legal para se manifestar, mas por causa da urgência do caso — as matrículas serão nos dias 14 e 15 de fevereiro — o documento deve ser analisado o mais rápido possível.
União dos Negros pela Igualdade
Nesta terça-feira (29/01), ocorreu ainda uma reunião organizada pela União dos Negros pela Igualdade. O debate foi na Câmara dos Vereadores de Florianópolis e contou com a presença de representantes de entidades civis e da UFSC e do vereador Márcio de Souza (PT). O grupo definiu que vai organizar atividades de apoio ao chamado Programa de Ações Afirmativas, em uma campanha de esclarecimento, direcionada principalmente aos jovens.
As entidades querem também que a Polícia Federal (PF) investigue a origem do vazamento da lista de alunos que foram aprovados no vestibular da UFSC dentro do sistema de cotas. Para o vereador Márcio de Souza (PT), a divulgação dos nomes dos estudantes em um site de relacionamentos é “inadmissível” e “criminosa”.
“Estão querendo fazer uma guerra psicológica com a questão das cotas, criar um clima de terror entre os alunos e isso é muito perigoso, não pode ser permitido”, disse Souza.
(DC, 30/01/08)