17 jan Florianópolis poderá receber cruzeiros marítimos em Canasvieiras
A praia de Canasvieiras, situada no Norte da Ilha, poderá ganhar um píer turístico para o fortalecimento da indústria de cruzeiros marítimos na Capital. O projeto foi apresentado pelo prefeito Dário Berger, ontem (15/01), ao Ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, que mostrou interesse em apoiar a iniciativa.
“Um projeto desses, bem preparado como está, tem boas chances de ser aceito por um grupo privado, ou pelo Ministério do Turismo. Podemos dar suporte técnico”, disse o ministro.
De acordo com o Secretário de Obras Aurélio Remor, o píer vai melhorar as condições do receptivo turístico aos grandes navios que costumam visitar a cidade na temporada. Segundo ele, Florianópolis recebe uma média de mil desembarques por cada transatlântico que passa pelo município, enquanto a média nacional é de 700 pessoas por navio. Com o píer, a cidade poderia receber uma média de 50 navios por ano, 30 a mais do que recebe hoje.
Atualmente, os transatlânticos não têm como chegar próximo à orla por causa da pouca profundidade da água. O transbordo dos passageiros é feito por embarcações de apoio, que levam os turistas até o atual trapiche, em Canasvieiras. O Secretário de Turismo Mário Cavallazzi frisou que essa dificuldade levou algumas empresas a procurar outros municípios como ponto de parada dos navios. Contudo a idéia não foi bem aceita pelos passageiros e os cruzeiros, aos poucos, estão retornando à capital catarinense. “É que muitos turistas estão preferindo ficar no navio a desembarcar nesses locais”, ressaltou.
O projeto de construção do Píer Turístico, desenvolvido pela prefeitura em parceria com a Santur, prevê a revitalização da orla de Canasvieiras com o engordamento da faixa de areia e a reurbanização da Rua Antenor Borges, junto à praia. Propõe ainda o tratamento paisagístico local com plantio de vegetação adequada e instalação de equipamentos esportivos, de lazer e contemplação, bem como a construção de uma nova estrutura de apoio terrestre com lojas de artesanato, posto de informações turísticas e o píer para atracação de grandes embarcações.
(Jornal Metropolitano, 16/01 /08)