Ainda falta sinalização no Pântano do Sul

Ainda falta sinalização no Pântano do Sul

Apesar da proibição do estacionamento de veículos nas areias da praia, determinado pelo Plano Diretor vigente, e da instalação de mourões para delimitar a faixa da orla permitida para o embarque e desembarque de pessoas e cargas, o impasse continua no Pântano do Sul. Segundo o presidente do Conselho de Segurança Distrital (Conseg) da localidade, Carlos Thadeu Lima Pires, o motivo seria a falta de sinalização indicando a proibição e do policiamento permanente para “fiscalizar o que a lei determina”.
Pires conta que as placas indicativas deveriam ter sido colocadas até o dia 21/01 passado. Na terça-feira, o Conseg protocolou ofício junto ao Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) solicitando providências, alertando que, se até o final de sexta-feira (25/01) nada fosse efetivado, o caso seria levado ao Ministério Público Estadual. “Fomos informados pelo Ipuf na quarta-feira que essas placas ainda nem haviam sido fabricadas”, diz.
De acordo com o diretor interino do Ipuf, Carlos Eduardo Medeiros, o local só será sinalizado após o Carnaval, atendendo a uma solicitação dos comerciantes locais. Quanto ao policiamento permanente, Medeiros diz que não tem como resolver de imediato, já que todo o efetivo da Guarda Municipal está deslocado para o reforço nas rondas policiais pela cidade. “Atropelamentos podem acontecer independentemente de ter carros estacionados ou não, já que ali, a princípio será um corredor de veículos. Cabe aos transeuntes terem mais cuidado, já que, para resolver o problema de vez, só fechando a praia”, afirma.
A polêmica solicitação do bloqueio de estacionamentos na praia começou em dezembro, quando, de acordo com Pires, o Conseg recebeu denúncias de diversos atropelamentos ocorridos no local. “Foram mais de 10 atropelamentos só em dezembro, principalmente envolvendo crianças. Por meio de uma recente pesquisa, realizado por alunos de geografia da UFSC, 70% da comunidade já se manifestou favorável ao fechamento da praia para veículos. Tememos pelo que pode acontecer no Carnaval, período que pode acontecer abusos por parte de motoristas alcoolizados”, afirma. Mas os comerciantes locais não concordam com a medida, temendo diminuição no movimento nos bares e restaurantes locais, e conseqüente desemprego.
(AN Capital, 29/01/08)