18 dez Casan alerta para risco de corte de água
A Casan descarta a possibilidade de fazer racionamento de água em Florianópolis durante a temporada de verão, mas adverte que, sem o uso racional e economia, poderá haver falta de água, especialmente no Norte da Ilha.
O presidente da estatal, Walmor de Luca, disse que o sistema de produção e distribuição não tem como atender a um aumento de 30% na quantidade de turistas.
A solução para evitar problemas de abastecimento estaria na diminuição dos gastos em 15%, o que dependeria da fiscalização contra os chamados usos não nobres (lavar carros ou calçadas e molhar grama) com água corrente, e da educação, que só tem efeito a longo prazo.
Então, se a população adicional da Ilha, ao mesmo tempo, chegar a 300 mil pessoas, vai faltar água.
A população da Ilha, de acordo com a Casan, é de 416.799 pessoas, que gastam 83 milhões de litros de água, por dia. A produção da Casan excede esse número em 20 milhões de litros.
– Falam em 320 mil turistas. Se isso acontecer, o déficit será de 46 milhões de litros por dia – alertou.
Ele reúne-se, hoje à tarde, com a prefeitura e empresários do setor turístico a fim de tomar medidas preventivas e garantir que, pelo menos a rede hoteleira não sofra com eventuais falhas de abastecimento para não prejudicar a imagem da cidade junto aos turistas. Para isso, pretende saber qual a capacidade de armazenamento que os hotéis da Ilha têm em reservatórios. Vai, também, solicitar que a Casan receba poderes para aplicar multas em caso de uso abusivo.
– Chuveiro na praia, por exemplo, é um gasto enorme, um luxo a que não podemos nos dar no momento – afirmou.
Número de turistas deve aumentar 15%
A Secretaria de Turismo espera que o número de turistas da temporada, calculado de 1º de dezembro a 23 de março, chegue a 1,6 milhão de pessoas, número 15% superior ao registrado no verão passado, quando a estrutura mostrou-se suficiente para garantir o abastecimento.
No período, disse o presidente, foram feitas 183 reclamações de falta de água, número considerado pequeno. E a maior parte dessas ocasionada por problemas internos de cada residência, pousada ou hotel, como esquecimento de registros fechados.
(DC, 18/12/2007)